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Coronavírus: análise do mercado em março e previsões para abril

22 abr 2020, 14:46 - atualizado em 12 jan 2021, 14:40
Ibovespa Ações B3 Circuit Breaker
(Imagem: Reuters/Rahel Patrasso

Nas últimas semanas, o mundo tem acompanhado o avanço do novo coronavírus e todas as consequências que a pandemia tem trazido para a economia. Sobe e desce da Bolsa de Valores, Circuit Breaker acionado mais de uma vez ao dia, incertezas em relação ao futuro e aos investimentos.

Para entender melhor como o mercado tem reagido até agora, confira a análise que especialistas da Easynvest fizeram das últimas semanas:

Março: susto e definição de crise.

A crise do novo coronavírus começou a tomar grandes proporções em março. No dia 11 do mesmo mês, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia e os mercados começaram a despencar dia após dia.

(Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)

O Índice Bovespa, que até então havia atingido sua cotação máxima de 119.593 pontos em 24 de janeiro e vinha mantendo uma tendência de alta, foi bruscamente interrompido na quarta-feira de cinzas, 26 de fevereiro, quando caiu 7%. Depois disso, o índice chegou a cair 48% em 19 de março, chegando a 61.690 pontos.

Como consequência, os investimentos em renda variável sofreram junto. Ações, Fundos de Ações e Fundos Imobiliários tiveram quedas generalizadas nesse período, como algumas grandes gestoras, que chegaram a ter até 60% de queda em seus Fundos e outras empresas de renome, que tiveram seu valor de mercado reduzido pela metade.

Mas não foi só a Bolsa que sofreu as consequências. O mercado de juros também teve forte oscilação devido ao intenso fluxo de compra e venda em Renda Fixa, o que fez com que seus preços caíssem e suas taxas subissem. Entre eles estão alguns Fundos Multimercado, que ficaram com performance abaixo do CDI ou até mesmo negativos.

Panorama para abril.

A pandemia do novo coronavírus segue forte em todo o mundo. No Brasil, ainda não há previsão de retomada das atividades, visto que estamos vivendo o que é esperado pelos cientistas como o pico da transmissão.

(Imagem: Reuters/Aly Song)

Somado a isso, o clima tenso entre políticos do Executivo e demais poderes e as reformas estruturais que ficaram para depois também são fatores que influenciam as expectativas para o futuro. Se a situação fiscal do Brasil já andava mal, agora ela vai piorar, com o déficit ultrapassando os R$ 200 bilhões no ano. Algumas instituições, inclusive, já projetam uma queda do PIB acima de 3% ao ano em 2020.

Pensando lá fora, os Estados Unidos também vêm sofrendo os fortes impactos da disseminação do vírus. Nova York se tornou o epicentro do coronavírus no mundo e os números confirmados no país ultrapassaram os de países como Itália, Espanha e França.

E o que devemos fazer, afinal?

O melhor a se fazer em épocas de crise é se proteger. Longe de focar apenas em moedas e metais como o ouro e o dólar, essa proteção pode ser feita com o aumento de caixa em títulos de alta liquidez, que não sofrem oscilação de mercado, de emissores com menor risco de crédito, como por exemplo o Tesouro Selic.

Assim, estes recursos servirão para aguardar o melhor momento de retomar uma maior exposição a ativos de risco, como Ações e Fundos Imobiliários.

Mas é preciso calma. O indicado não é vender tudo em Renda Variável e fazer caixa. O ideal é aguardar um pouco, caso você tenha recursos sobrando. Assim, será possível comprar Ações baratas e Fundos Imobiliários com cotas mais atrativas. Mas isso deve ser feito aos poucos, à medida que o cenário atual vai melhorando.

E para acompanhar seus investimentos em Renda Variável, é preciso estar preparado e apoiado pelas ferramentas certas.

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