Casório dos bancos: UBS compra Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões em meio a temor de crise – veja como agir
Este último fim de semana não foi de descanso no setor bancário suíço. Após negociações mediadas pelo Banco Central da Suíça, o UBS fechou a compra do “rival” Credit Suisse no domingo (19), por US$ 3,2 bilhões – no câmbio atual, isso equivale a mais de R$ 16 bilhões.
Desde sábado (18), já circulavam rumores sobre o “casamento” dos dois bancos. A primeira oferta do UBS foi de US$ 1 bilhão, segundo informações do Financial Times, mas o Credit Suisse não aceitou.
No fim, com um valor três vezes maior, os dois bancos entraram em um acordo. Cada acionista do Credit Suisse receberá 1 ação do UBS (UBSG) para cada 22,48 papéis do Credit Suisse (CSGN). Esta aquisição criará uma instituição financeira com US$ 5 trilhões em ativos.
O presidente do UBS, Colm Keller, se pronunciou no domingo para anunciar a compra do concorrente: “esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, este é um resgate de emergência”.
Até agora, o mercado não teve a mesma percepção de que foi um bom negócio. Os papéis do UBS chegaram a cair cerca de -16% no início do pregão de hoje. A ação do Credit Suisse também despenca praticamente -60%.
Na visão do estrategista-chefe e co-fundador da Empiricus Research, Felipe Miranda, embora o papel CSGN esteja em queda expressiva, o caso foi solucionado: “evitou que esse negócio explodisse tal qual o Lehman Brothers”.
A quebra do Lehman Brothers em 2008 foi o estopim da crise do subprime, que abalou o mercado financeiro na época.
O gigante está ‘mal das pernas’: incerteza sobre o Credit Suisse é alerta para outros bancos?
A despencada do Credit Suisse já havia começado há algum tempo. Nos últimos 12 meses, a ação já desvalorizou quase -90%. Mas bastou uma decisão de um acionista do banco para balançar ainda mais os ânimos dos investidores na semana passada.
O Saudi National Bank (SNB) é o principal acionista do Credit Suisse e se negou a aumentar a participação no banco suíço.
A decisão foi por questões regulatórias, mas o mercado já ficou pé atrás e, na última quarta-feira (15) a ação CSGN fechou em queda de -24%.
O mercado está receoso sobre todo o setor bancário. O medo é que o caso do Credit Suisse e de colapsos recentes como o do Silicon Valley Bank e Signature Bank sejam sinais de uma crise sistêmica.
“Há uma digestão complexa do que é essa crise bancária e qual será a intervenção para evitar um contágio”, afirma o analista Felipe Miranda
Ainda há uma série de incertezas sobre o que tem por vir no setor financeiro. É inegável que, aqui no Brasil, os temores também possam atingir as ações de “bancões” como Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil.
Mas isso não significa que não existem oportunidades para comprar neste momento. Pelo contrário, algumas ações de bancos sólidos ficaram baratas, o que abre um bom ponto de compra para quem busca retornos lá na frente.
Analistas da Empiricus Research defendem que um dos grandes bancos brasileiros é o melhor nome do setor neste momento e vale a pena comprar a ação agora.
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Banco ‘forte como uma rocha’: conheça esta ação em um relatório gratuito
Em um período de incertezas como agora, a equipe de análise da Empiricus Research afirma que o melhor a se fazer é procurar papéis sólidos, com perfil mais defensivo.
Este é o caso, por exemplo, da ação considerada a melhor do setor bancário brasileiro pelos analistas.
A empresa tem mais de 5 décadas de história, já passou por diferentes períodos de turbulência econômica e entrega retornos consistentes para seus acionistas mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.
Além disso, os analistas defendem que a ação está barata, há espaço para o papel valorizar até 45% no longo prazo e pode pagar bons dividendos.
A ação foi recomendada em um relatório da Empiricus Research que pode ser acessado gratuitamente (cadastre-se aqui para receber as instruções).
Lá, os analistas explicam a tese de investimento completa do papel considerado “forte como uma rocha”.
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