Carteira de dividendos: Eletrobras (ELET6) entra na lista de recomendações da Empiricus Research para fevereiro
Atenção, investidores focados em dividendos: a Empiricus Research, uma das principais casas de análises financeiras do país, acaba de atualizar a sua carteira recomendada para quem busca pagamentos “gordos” com ações da bolsa. E uma das grandes novidades é a entrada de Eletrobras (ELET6) na carteira.
O setor elétrico viveu um período bastante conturbado nos últimos anos. Em um retrospecto rápido, podemos lembrar de algumas razões que causaram um desequilíbrio entre as empresas de energia:
- Por um lado, incentivos exagerados para a construção de empreendimentos solares e eólicos, além de chuvas muito acima da média nos dois últimos anos, que fizeram a oferta de energia disparar;
- Por outro, uma demanda que permaneceu bastante tímida, afetada pela atividade econômica fraca e os juros elevados.
Não é difícil imaginar que esse cenário de oferta alta e demanda baixa acabou afetando o desempenho das ações do setor elétrico na Bolsa brasileira.
No entanto, o analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, acredita que esse desequilíbrio está perto de terminar. E, na opinião dele, a Eletrobras é a companhia elétrica que pode sair mais beneficiada dessa situação.
É por isso que o papel ELET6 acaba de entrar na carteira recomendada do analista para investir com foco em bons dividendos.
Na sequência, você pode entender melhor as razões para essa inclusão e por que, para Ruy, essa é uma das principais oportunidades da Bolsa agora.
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Hora das elétricas voltarem a brilhar?
Em primeiro lugar, vamos entender o otimismo do analista com relação ao setor elétrico nos próximos meses.
Ruy explica que os preços das ações do setor começaram a se recuperar recentemente. Tivemos duas grandes ondas de calor que provocaram aumento nos preços e nos despachos termelétricos, por conta dos picos de demanda.
Além disso, depois de dois anos de chuvas abundantes, os últimos meses têm apresentado precipitações abaixo da média, com os reservatórios voltando para níveis mais baixos do que ano passado nesta mesma época.
“Apesar de o El Niño aumentar as chuvas no Sul, os maiores reservatórios do país estão justamente nas outras regiões do país, onde as chuvas diminuíram por conta do fenômeno”, justifica o analista.
É por isso que, se as condições continuarem se normalizando, e a demanda se recuperar, podemos ver as tarifas de energia voltando para patamares mais parecidos com os níveis históricos. E isso pode favorecer – e muito – as ações do setor.
“Com uma grande parte do portfólio ainda descontratada, a recuperação dos preços de energia nos últimos meses podem gerar oportunidades interessantes”, explica Ruy.
Na visão do analista, Eletrobras (ELET6) deve ser uma das maiores beneficiadas desse possível reequilíbrio de oferta e demanda. “Os papéis negociam a múltiplos que ainda espelham um cenário de preços de energia e despachos muito baixos”, diz Ruy.
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Eletrobras (ELET6): ‘a mais barata entre seus pares’
A Eletrobras (ELET6) é a maior empresa de energia elétrica da América Latina, com 43,8 gigawatts (GW) de capacidade instalada (22% da capacidade nacional) e 73,4 mil km de linhas de transmissão (38% do Sistema Interligado Nacional – SIN).
Os últimos 12 anos foram bastante conturbados para a elétrica e seus acionistas. A MP 579 de 2012, conhecida como o “11 de setembro do setor elétrico brasileiro”, destruiu as finanças da empresa e levaram a Eletrobras a uma situação praticamente insustentável de endividamento – 6x dívida líquida/Ebitda em 2016.
A situação começou a melhorar com a chegada de Wilson Ferreira Júnior, no mesmo ano, e a implementação da Lei das Estatais. O (então) CEO iniciou uma profunda limpeza na companhia que culminou em sua privatização, em junho de 2022.
“A evolução até aqui é notável, mas os resultados, lucros e dividendos devem aumentar ainda mais apoiados pelas diversas melhorias operacionais que teremos sem as amarras estatais”, explica Ruy Hungria.
E, agora, junta-se a essas melhorias o cenário positivo esperado para o setor elétrico, em geral, em 2024.
“Com os preços ainda em níveis muito baixos, acreditamos que a assimetria é positiva neste momento, e qualquer desequilíbrio (falta de chuvas, temperaturas elevadas, crescimento do PIB, etc) poderia provocar saltos de preços de energia capazes de ajudar a Eletrobras.”
Nas contas do analista, ELET6 negocia a apenas 6x seu valor da firma sobre o ebitda (EV/ebitda) para 2024 e 5x para 2025, o que a torna “a mais barata entre seus pares mais próximos”.
Mas essa não é a única oportunidade que a bolsa tem agora para quem busca bons dividendos…
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A carteira de dividendos para fevereiro está disponível gratuitamente
A carteira de dividendos elaborada por Ruy Hungria é atualizada todo começo de mês, a fim de conter as empresas que melhor se apropriam do cenário macroeconômico atual para crescer e poder apresentar bons resultados.
São recomendadas 5 companhias que possuem geração de caixa livre comprovada, permitindo a distribuição de dividendos de forma sustentável ao longo do tempo.
Assim, é possível contar com esses investimentos para buscar aquele “pinga-pinga” mensal na conta que ajuda a trazer alívio para as despesas mensais.
Além de Eletrobras (ELET6), em fevereiro o analista também recomenda a compra de ações de outras quatro empresas:
- Uma seguradora que tende a ter resultados cada vez mais estáveis e pode se tornar um “reloginho de dividendos” em breve;
- Uma siderúrgica que mantém boa eficiência, margens resilientes e baixo endividamento mesmo em momento difícil do setor, e com dividend yield estimado próximo a 10%;
- Um “bancão” mais resiliente aos diferentes cenários econômicos que seus rivais, que negocia com bom desconto para sua série histórica e que distribui proventos mensalmente;
- E uma empresa do mercado financeiro que deve se beneficiar profundamente da queda da Selic, além de estar negociando bem abaixo da média dos últimos 5 anos.
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