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BBAS3 ou NUBR33? Entenda por que vale a pena apostar nas ações do Banco do Brasil e contra as do Nubank

14 fev 2022, 19:00 - atualizado em 14 fev 2022, 16:50
Com a iminente alta dos juros americanos, BBAS3 pode levar a melhor nessa briga, enquanto NUBR33 pode cair até 72%; entenda (Imagem: Shutterstock/Montagem Felipe Alves)

Banco do Brasil (BBAS3) ou Nubank (NUBR33)? Na ação de qual desses bancos o investidor deveria apostar? Em um primeiro momento, pode parecer razoável investir em Nubank, símbolo brasileiro da revolução tecnológica nos bancos. A realidade, no entanto, não é tão simples assim. Alguns analistas acreditam que NUBR33 ainda pode cair bastante na bolsa de valores. E, na contramão, BBAS3 é apontada como uma ação capaz de entregar grandes valorizações.

Quem está por trás da tese não sou eu, mas sim, Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e analista à frente de uma carteira recomendada com rentabilidade acumulada de +418,10%.

Segundo o analista, chegou a hora de “menos tech, mais value”. Em outras palavras, o cenário macroeconômico é mais favorável para empresas mais consolidadas, que já entregam bons resultados, em detrimento das empresas de tecnologia que prometem ganhos no futuro.

Por conta disso, o analista fez uma recomendação aos seus seguidores: é hora de montar uma operação short (vendida) em NUBR33, buscando lucrar com a queda dos papéis, e comprar BBAS3, esperando valorização das ações.

Miranda aprofundou-se nessa tese em um relatório disponibilizado para os assinantes da série Palavra do Estrategista. Aos leitores do Seu Dinheiro/Money Times, porém, o relatório será oferecido de graça. Você pode clicar neste link para receber a tese completa que explica os motivos para a aposta no BB contra o Nubank.

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Alta dos juros nos EUA podem prejudicar modelos de negócios que ainda não se provaram financeiramente; entenda

Nos últimos anos, um mundo de juros reais negativos facilitou muito a vida das startups em fase de crescimento e validação. Na realidade, os juros americanos estão em queda livre desde 1980. Nesse contexto, as grandes valorizações de ações americanas foram protagonizadas por empresas tech, que apostam no modelo de crescimento rápido.

Em outras palavras, isso significa que os acionistas investem nessas empresas com a expectativa de que elas darão lucro no futuro – mesmo que, hoje em dia, elas dêem prejuízo.

Como isso funciona? Por que os investidores aceitariam investir em uma empresa que dá prejuízo, com esperança de que isso se reverta no futuro? Exatamente por conta dos juros baixos.

Se o juro está próximo de zero, isso significa que o dinheiro hoje valerá quase a mesma coisa que o dinheiro daqui 2, 5 ou 10 anos.  Como o dinheiro não rende quase nada, os investidores aceitam colocar dinheiro em empresas promissoras na esperança que elas cresçam muito e entreguem um retorno considerável lá na frente.

E como o Nubank fica nessa história? Bom, o Nubank faz parte desse exato grupo de empresas disruptivas, que não dão lucro significativo no presente. A diferença, porém, é que estamos entrando num cenário de alta de juros praticamente irreversível. E nesse contexto a situação muda completamente.

Inflação nos EUA bate recordes e puxa juros pra cima

Um dos principais propulsores dessa decolagem dos juros é a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA chegou a bater 7,5% no ano em janeiro de 2022, simplesmente o maior número dos últimos 40 anos.

Isso é reflexo, entre outros fatores, dos grandes pacotes de estímulos monetários liberados pelo governo americano para enfrentar a pandemia. Grosso modo, quando há mais dinheiro em circulação para o mesmo número de ativos, a inflação aumenta.

E o que fazer nesse caso? Para reagir a esse cenário de inflação alta, o Federal Reserve, o banco central americano, se vê obrigado a aumentar a taxa de juros. O juro atual, na faixa de 0% a 0,25% ao ano, pode subir gradativamente para algo entre 2% ou 3% ao ano.

Isso muda o jogo completamente para as empresas tech. Com juro mais alto, os investidores tendem a não aceitar mais pagar caro por empresas que só vão entregar resultados no futuro. Isso explica a recente queda das ações tech e a migração de recursos para ações de empresas mais tradicionais, como petroleiras e bancos.

Entendeu por que, nesse cenário, o Banco do Brasil leva vantagem em relação ao  Nubank? Além disso, vale lembrar que o Nubank estreou na bolsa com um valor bem esticado. Na oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), a empresa estava avaliada em R$ 232,4 bilhões, mais do que o valor de mercado do Itaú, o que colocava o Nubank como banco mais valioso da América Latina.

Entenda por que NUBR33 pode cair até 72% enquanto BBAS3 pode subir

Na análise completa feita por Felipe Miranda e sua equipe, são avaliados vários números do Nubank em comparação a outros bancos brasileiros. Sugiro que o leitor baixe o relatório gratuito e acesse o conteúdo na íntegra, para entender de forma completa a tese.

Só para ter uma breve noção, vamos dar uma olhada no valuation, para tentar estimar o verdadeiro preço justo dos papéis de Nubank. O valuation atual, de aproximadamente R$ 200 bilhões, embute um retorno sobre patrimônio líquido ao redor de 30% e um lucro líquido em torno de R$ 11 bilhões em 2026.

Ou seja, o Nubank, que acumulou sete anos de prejuízos desde sua fundação, precisa ser capaz de entregar lucros na casa de dezena de bilhão nos próximos 4 anos. Trata-se de uma expectativa extremamente otimista.

Miranda e sua equipe, em uma projeção mais realista com base na situação atual da empresa, projetam que o Nubank atingirá lucro líquido de R$ 6 bilhões em 2026. Com esse número em mão, usando um modelo de desconto de dividendos com taxas bastante generosas, a equipe chega ao valor de mercado justo de R$ 54 bilhões. Em outras palavras, isso significa que o preço justo de NUBR33 está mais perto dos R$ 2 do que dos atuais R$ 7. Se o mercado se ajustar para esse valuation, a queda potencial das ações é de 72%.

E isso sem mencionar outras dificuldades que o Nubank tende a enfrentar ao longo dos anos. Dificuldade de rentabilizar os clientes que hoje não pagam praticamente nada pelo serviço, possível alta da inadimplência em um cenário econômico de juros maiores, provável necessidade de levantar mais capital e diluir a participação dos acionistas atuais…

Tudo isso está, em detalhes, no relatório completo disponibilizado gratuitamente pela Empiricus aos leitores do Seu Dinheiro/Money Times. Aqui estamos apenas abordando a superfície do assunto.

BANCO DO BRASIL (BBAS3) VS. NUBANK (NUBR33): ACESSAR RELATÓRIO GRATUITO

Nesse contexto de alta dos juros e dificuldade iminente para as empresas tech que não dão lucro, empresas mais consolidadas e que foram penalizadas podem se beneficiar bastante. E nesse grupo, quem chama a atenção é BBAS3, uma das ações de bancos mais penalizadas nos últimos tempos.

Entenda o case de BBAS3, o ‘bancão’ com valuation mais atrativo

É natural que, se vínhamos em um movimento de juros reais negativos e explosão das empresas tech com crescimento rápido, as empresas mais tradicionais foram jogadas para escanteio.

Agora, porém, com a subida iminente dos juros, o cenário se inverte, e as empresas mais tradicionais podem sair ganhando a partir de agora (principalmente se levarmos em conta que algumas foram muito penalizadas e suas ações estão “a preço de banana”).

Esse é o caso de Banco do Brasil (BBAS3), talvez a empresa mais tradicional do país, fundada por João VI em 1808. Chegou a hora de entender por que apostar na alta dos papéis.

Em primeiro lugar, o papel do Banco do Brasil negocia a 4,2 vezes seu lucro projetado para 2022, contra uma média de 6,6 vezes para seus pares brasileiros e abaixo de todos os grandes bancos.

múltiplo preço/lucro dos maiores bancos brasileiros
Fontes: Bloomberg, estimativas Empiricus

Em termos de preço sobre valor patrimonial, o Banco do Brasil está negociando a um múltiplo de 0,6 vez seu patrimônio líquido atual. Em outras palavras, seu valor de mercado é, de longe, o mais barato de seus pares.

múltiplo preço/valor patrimonial dos maiores bancos do país
Fontes: Bloomberg, estimativas Empiricus

Além disso, nesse novo cenário macroeconômico, o investidor estrangeiro pode passar a olhar com mais atenção para o Brasil. Nos últimos meses vimos uma sobrealocação em empresas tech e em criptoativos – e isso até mesmo aqui, no ambiente de investidores pessoa física do Brasil. Prova disso é que o primeiro ETF de criptoativos da B3, HASH11, ultrapassou o tradicional BOVA11 em número de investidores.

Com as novas dificuldades pela frente, o investidor estrangeiro tende a procurar ativos mais baratos e com mais segurança no mundo real. Esse é o cenário em que o Brasil pode sair ganhando. Segundo Felipe Miranda, na hora da turbulência, o foco do investidor deve ser em ativos do mundo real e geradores de caixa no presente.

Na sua opinião, o mais racional para o investidor nesse momento é apostar na queda de NUBR33 e se posicionar para uma potencial alta de BBAS3.

A operação sugerida por Felipe Miranda tem duas pontas: de um lado ele propõe a compra da ação do BB e, de outro, um short na ação do Nubank. Não sei se você sabe, mas é possível, sim, lucrar tanto na alta quanto na baixa de uma ação.

Acesse o relatório completo para entender com profundidade

Reforço, porém, que aqui foi apresentada somente uma parte dessa tese, e de forma bastante simplista. A explicação completa, bem como as instruções específicas de como montar cada operação, estão disponíveis no relatório gratuito. Não tem pegadinha: é só clicar no botão abaixo, colocar seus dados e receber o relatório.

QUERO BAIXAR O RELATÓRIO GRATUITO E ENTENDER COMO BUSCAR LUCROS COM OS PAPÉIS DE BB E NUBANK

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