Além de estarem na série A, Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro também estão dominando o mercado dos NFTs
Para quem está acompanhando o universo das criptomoedas, não há dúvidas de que os NFTs são a mais nova febre mundial.
Traduzindo para o português, os tokens não-fungíveis existem desde 2012, mas se popularizaram apenas nesse ano. Tendo um aumento de 55% nas vendas em relação a 2020, os criptoativos rapidamente se transformaram em uma indústria que movimenta bilhões — e que está chamando cada vez mais atenção de investidores e empresas.
Para quem não sabe, os NFTs operam como certificados de exclusividade. Por se basear na tecnologia Blockchain, o token é inviolável: ao comprá-lo, você tem acesso a uma peça única, como acontece com obras de arte, por exemplo. Apesar de outras pessoas terem acesso fácil e gratuito pela internet, seria apenas uma réplica — o comprador terá o arquivo digital original.
Primeiro, eles dominaram as artes— tokens foram vendidos por milhões de dólares em locais tradicionais do setor. Depois, a música, os videogames e, claro, os memes, atraindo as mais diversas celebridades e figuras influentes do ramo. Agora, no Brasil, eles estão adentrando em outro mundo: o do futebol.
Apostas esportivas também começam a aceitar criptomoedas em suas transações
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Para a alegria dos entusiastas, NFTs ‘passaram a bola’ e estão dominando os esportes
Antes associado mais ao mundo geek do que aos esportes, esse fenômeno dos NFTs esportivos começou nos Estados Unidos. Um dos maiores casos de sucesso é o NBA Top Shot. A liga americana de basquete criou, em conjunto com a empresa Dapper Labs, um negócio de venda de cards virtuais de cenas de lances das partidas. Segundo o site, já foram vendidos mais de 7,6 milhões de lances.
Com a intenção de capitalizar os clubes através da fidelização dos torcedores e da oferta de produtos exclusivos, vários clubes de futebol da Europa lançaram seus tokens durante a pandemia; agora, essa prática está começando a se popularizar entre os clubes brasileiros.
Torcedores roxos podem adquirir um token de seu time de coração. Isso mesmo: times como Atlético Mineiro, Corinthians, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Coritiba e Botafogo já aderiram à febre e tokenizaram ativos que estão ligados à equipe e à performance dos jogadores.
Por exemplo: o Atlético Mineiro, primeiro time a aderir à novidade, lançou seu token com a ajuda da empresa Sócios.com. A criptomoeda permite que quem a adquira possa ajudar a tomar decisões relacionadas ao clube, além de oferecer prêmios e experiências com o time. O Vasco, por sua vez, atrelou os tokens ao valor de transferência de alguns jogadores. O Cruzeiro, ao valor a jogadores da categoria de base, e por aí vai.
Mas não são apenas torcedores que ganham com isso. Essa integração está sendo muito proveitosa aos times também, que encontraram nos NFTs uma forma de receita. A pandemia prejudicou muito os esportes no geral e, com o fechamento dos estádios e a suspensão dos jogos, esses tokens podem ser o que os clubes precisam para se recuperar de vez da crise.
E o retorno tem sido impressionante: de acordo com dados do Coin Telegraph, somente em fan tokens, os clubes já arrecadaram mais de R$ 3 bilhões.
Esse investimento, sem precisar do intermédio de um empresário ou grandes fortunas para aplicar, é um nicho crescente. Empresas no Brasil e no mundo estão trabalhando pela tokenização de ativos e de receitas no esporte. E, nesse contexto, o futebol está se tornando um verdadeiro caso de sucesso.