Conteúdo BTG

Adeus, Ibovespa? Veja se é hora de desistir das ações brasileiras com a Selic em 10,5% ao ano

02 ago 2024, 11:54 - atualizado em 05 ago 2024, 9:33
IBOV ibovespa investir selic copom balanços irani prio
Para o BTG Pactual, a Selic deve permanecer no patamar atual até o fim de 2024 – é hora de desistir da bolsa brasileira? Veja resposta
(Imagem: Getty Images Signature/Canva)

Como era amplamente esperado pelo mercado, os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantiveram a taxa básica de juro brasileira, a Selic, em 10,5% ao ano.

Com isso, o Brasil continua entre os três países com maior taxa real de juro do mundo: 7,36% ao ano, superado apenas por Turquia (12,13% a.a.) e Rússia (7,55% a.a.), segundo levantamento do site MoneYou.

O BTG Pactual, inclusive, projeta que a Selic deve permanecer no patamar atual até o final de 2024.

Não é novidade que a renda fixa é atrelada aos juros, enquanto a bolsa de valores se beneficia de taxas mais baixas. 

Em resumo, isso ocorre porque, com juros mais baixos, a renda fixa perde atratividade e mais investidores recorrem à renda variável.

Além disso, em um ambiente de Selic mais baixa, a economia se aquece, os juros das dívidas ficam menos agressivos e os resultados das empresas tendem a melhorar, impulsionando ainda mais as ações.

Por isso, neste contexto, o questionamento é válido: 

Vale a pena investir em ações brasileiras com a Selic em patamar elevado? 

Segundo o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, a resposta é sim.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira (1), o banco destaca que as ações locais “apresentam um posicionamento leve pelo mercado” e que “a queda das taxas de juros nos EUA e quaisquer outros sinais significativos do governo brasileiro na direção da consolidação fiscal poderiam impulsionar” os ativos.

Além disso, pelo baixo interesse global nas ações brasileiras, os analistas de equity do banco veem os papéis negociando a “múltiplos baixos”, enquanto as companhias apresentam lucro sólido.

O mês de julho, inclusive, deu um “aperitivo” do que pode ser a retomada da bolsa. 

O Ibovespa encerrou o mês em alta de 3%, impulsionado principalmente pela queda das taxas de 10 anos dos EUA, que encerraram o mês em 4,1%, abaixo dos 4,3% no final de junho e dos 4,7% no final de abril.

Adicionalmente, o mercado está mais confiante de que as taxas de juros serão finalmente cortadas pelo Federal Reserve (banco central norte-americano) em setembro e dezembro – ambas em magnitude de 25 pontos-base, destacaram os analistas.

Ainda segundo o time de equity research do BTG Pactual, a alta do Ibovespa só não foi maior por conta da “crise de confiança monetária e fiscal do Brasil, que vem pesando sobre o mercado desde abril”.

Apesar disso, o banco acredita em uma continuidade do movimento positivo da bolsa brasileira em agosto – fundamentada principalmente pelo ambiente de juros nos EUA. 

CARTEIRA GRATUITA: AS 10 AÇÕES MAIS PROMISSORAS PARA AGOSTO, SEGUNDO O BTG PACTUAL

Estrangeiros compraram ações brasileiras em julho

Um dado que corrobora a visão é que, pela primeira vez em 2024, os estrangeiros foram compradores líquidos de ações brasileiras, com um saldo positivo de R$ 3,6 bilhões. 

“Embora R$ 3,6 bilhões de dinheiro novo líquido não seja ruim, está longe dos R$ 20 bilhões mensais investidos (líquidos) em ações brasileiras nos meses de novembro e dezembro do ano passado (mercados buscando um maior apetite ao risco)”, ponderaram os analistas do BTG Pactual.

CARTEIRA GRATUITA: AS 10 AÇÕES MAIS PROMISSORAS PARA AGOSTO, SEGUNDO O BTG PACTUAL

Ibovespa segue em preços atrativos – veja o gráfico

O leitor já deve estar “cansado” de ouvir por aí que a bolsa brasileira está barata. Mas o quanto isso é de fato verdade?

Ainda segundo o relatório do BTG, ao excluir Petrobras e Vale da conta, as ações brasileiras estão sendo negociadas a apenas 9,3x o Preço/Lucro 12 meses, 1 desvio padrão abaixo da média histórica (confira no gráfico abaixo).

Ou seja, apenas o retorno para a média significaria uma “pernada” de alta para a bolsa local.

“Dados os baixos múltiplos, acreditamos que a queda das taxas nos EUA e qualquer sinalização importante por parte do governo brasileiro no sentido da consolidação fiscal poderiam fazer com que as ações brasileiras subissem”, escreveram.

Os analistas destacaram ainda os lucros sólidos para as empresas brasileiras. “Nosso modelo de lucros consolidados (ex-Petro&Vale) deve crescer 19,4% em 2024 e outros 16,4% em 2025, com os resultados das empresas nacionais devendo aumentar 22,4% neste ano e 17,7% no próximo”.

Em resumo, a bolsa brasileira está em ponto de entrada atrativo e agora pode ser um bom momento para entrar em ações de qualidade que estão em promoção e podem se beneficiar da dinâmica macroeconômica nos próximos meses.

Sendo assim, outra pergunta que fica é:

Em quais ações investir? Veja gratuitamente as 10 recomendações do BTG Pactual para agosto

Todos os meses, os analistas do BTG Pactual selecionam as 10 ações que acreditam serem as mais promissoras para o momento, dado o contexto.

E as 10 recomendações de agosto foram liberadas como uma cortesia para você, investidor. 

“A carteira tem como objetivo capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de ações”, escreveram. 

Neste mês, os analistas deixaram a carteira um pouco menos defensiva, em busca de capturar uma possível retomada da bolsa de valores que começou em julho.

“Estamos adicionando mais ações que se beneficiam da queda das taxas de juros de longo prazo, mas que também têm um bom momento operacional”.

Confira os diferentes setores que compõem a carteira: 

Fonte: BTG Content

Vale destacar que, desde setembro de 2009, início da série histórica, até 1º de agosto, a carteira de 10 recomendações do BTG tem um retorno de 420%, contra apenas 107,5% do Ibovespa.

Sem mais delongas, você pode acessar a carteira recomendada do BTG Pactual de maneira 100% gratuita, simples e rápida: basta clicar neste link ou no botão abaixo.

GRÁTIS: AS 10 AÇÕES MAIS PROMISSORAS PARA AGOSTO, SEGUNDO O BTG PACTUAL

Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoais e à sua tolerância a risco (Suitability).