Ação do Minha Casa Minha Vida pode valorizar 44% e pagar 12% em dividendos
Uma ação do setor de construção civil vem chamando a atenção na bolsa. Trata-se de uma empresa voltada para a baixa e média renda, ligada ao programa de habitação oferecido pelo governo, o “Minha Casa Minha Vida”.
Por adotar um modelo industrial de construção, com moldes preenchidos em concreto, sem desperdício e com baixo custo, ela é uma das construtoras mais eficientes e conta com as margens mais altas do setor.
Como prova disso, no ano passado a incorporadora entregou o melhor resultado da sua história, com receita líquida de R$ 2,2 bilhões e uma margem Ebitda de 20%.
Foram 14,5 mil unidades lançadas no período, que implicaram um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 3,1 bilhões.
O resultado de tudo isso é uma empresa com desempenho excelente na bolsa. Só neste ano, os papéis dessa ação de construção civil já valorizaram 45%, de janeiro até agora.
Porém, os analistas da Empiricus Research acreditam que a incorporadora ainda pode surpreender os investidores. “O 1º trimestre de 2023 já deu sinais de que o ano tem potencial para entregar mais um resultado robusto”, afirmam.
Acontece que, com o início do ciclo de corte dos juros, é esperado que a companhia continue crescendo suas margens. Com esse cenário, os analistas entendem que:
- Ela tem potencial para valorizar mais 44%; e
- Pode pagar até 12% em dividendos.
A seguir, te explico quais são os fundamentos por trás dessas projeções.
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3 motivos para acreditar que essa ação de construção civil pode decolar
De acordo com os analistas da Empiricus Research, há três razões para acreditar que essa ação da construção civil pode brilhar na bolsa mais uma vez. Veja quais são elas:
1. Mudanças no programa Minha Casa Minha Vida
O programa governamental anunciou que pretende mudar o limite do subsídio para as faixas 1 e 2 do “Minha Casa Minha Vida”, além do aumento do teto do preço dos imóveis.
Na nova regra, o teto do subsídio no valor de entrada do imóvel para famílias da faixa 2, por exemplo, passou de R$ 47,5 mil para até R$ 55 mil. Já o valor máximo do imóvel que pode ser comprado na faixa 3 (para famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil), passou de R$ 264 mil para até R$ 350 mil.
Na visão dos analistas, dada a sua forte atuação no setor de baixa renda, a companhia em questão captura muito bem as mudanças feitas pelo governo.
Atualmente, a incorporadora tem de 10% a 15% da sua produção voltada para famílias com renda de até R$ 2.640, o limite para a faixa inicial do MCMV. Agora, ela acredita que há potencial para elevar essa produção.
O que torna esse segmento atrativo para a companhia é a volta do Regime Especial de Tributação (RET) 1, que reduz os impostos sobre a receita de 4% para 1% na construção de unidades para famílias dessa renda.
2. Potencial de dividendo extraordinário
Pressionado por recompor suas receitas, o governo federal pode antecipar a aprovação da tributação de dividendos e do fim do Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Assim, para não onerar os acionistas, as companhias podem se antecipar à aprovação e distribuir os seus lucros acumulados para evitar tributação.
No caso dessa incorporadora, segundo as estimativas dos analistas, o dividend yield poderia chegar até 12% com a distribuição da sua reserva de lucros.
3. Valuation e call de queda de juros
Por fim, os analistas avaliam que as ações dessa empresa de construção civil estão baratas, têm potencial de valorização e estão em uma oportunidade de compra.
Segundo as estimativas do CEO e estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda, há potencial de que essa companhia faça entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões de lucro em 2024. “Estamos falando de um market cap de R$ 5,5 bilhões”, explica.
O market cap é o valor de mercado atual da empresa, que hoje é de R$ 3,8 bilhões, segundo dados da Bloomberg. Assim, se o cenário estimado por Miranda vier a se concretizar estaríamos falando de uma valorização de cerca de 44%.
Além disso, em um cenário de maior compressão da curva de juros, as ações do setor de construção civil estão entre as principais beneficiadas, especialmente as que estão baratas e têm qualidade, como é o caso desta incorporadora.
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Essa é apenas uma das ações recomendadas pelos analistas para agosto
A ação do setor de construção civil é apenas uma das recomendações dos analistas da Empiricus Research para o mês de agosto.
Todos os meses, eles divulgam uma lista com as melhores ações para comprar, aliando bons fundamentos e algum gatilho de valorização de curto prazo.
Para este mês, além dos papéis incorporadora, há outras 9 ações que estão em uma boa oportunidade de compra agora, segundo os analistas.
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