A voz de Buffett é a voz de Deus? Megainvestidor vende metade de suas ações de uma big tech, mas outros analistas recomendam a compra do mesmo papel
Os passos de Warren Buffett, considerado o maior investidor do mundo, são frequentemente monitorados pelos mercados globais. Afinal de contas, tudo aquilo que o Oráculo de Omaha faz (ou deixa de fazer) com seus investimentos pode se tornar um ‘fato relevante’.
Recentemente, um movimento específico chamou a atenção: Buffett está diminuindo exponencialmente a participação de sua holding, a Berkshire Hathaway (BERK34), nas ações de uma das mais famosas big techs do mundo.
Tudo começou quando Buffett vendeu ‘modestos’ 10 milhões de ações da empresa no último trimestre de 2023. Mas, em 2024, o número de ações vendidas aumentou espantosamente: somente no segundo e último trimestre deste ano, foram mais 390 milhões de ações vendidas – quase 50% da posição total da holding na empresa.
A notícia das vendas do último trimestre saiu no último final de semana. No pregão de segunda-feira (5), o primeiro após o anúncio, as ações caíram 5% em comparação ao preço do fechamento anterior. Veja a queda no gráfico abaixo:
Vale ressaltar que, desde a sexta passada, há um ‘pânico’ geral dos mercados ao redor do mundo temendo uma possível recessão na economia americana, o que levou os maiores índices internacionais a entrarem em estado de correção e fecharem no vermelho.
Porém, a queda das ações dessa empresa se acentuou apenas no pregão de segunda-feira, o que pode estar associado à notícia do despejo em massa das ações por parte de Buffett.
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Por que Warren Buffett vendeu metade de suas ações desta empresa
Em maio deste ano, na reunião anual da Berkshire Hathaway, Buffett afirmou que as vendas das ações fazem parte de uma estratégia para beneficiar os acionistas da própria Berkshire, visto que o governo dos EUA tem planos de aumentar os impostos sobre ganhos de capital em ações.
Mas, considerando que o último semestre foi o sétimo consecutivo em que a Berkshire vendeu mais ações do que comprou, a sugestão de uma analista da CFRA Research, casa de análise norte-americana, é de que a holding esteja “entrando na defensiva”.
Observando o atual sentimento de aversão a risco que está se estabelecendo no mercado mundial, essa tese é compreensível.
Mas por que vender um número tão expressivo de ações de apenas uma de suas empresas, dentre tantas que compõem seu portfólio? Será que o maior investidor do mundo sabe de algo que o resto do mercado não sabe, ou tudo não passa de uma coincidência?
Enquanto não há uma explicação muito clara do que passa na mente do Oráculo de Omaha, pelo menos uma coisa é possível afirmar: não é todo mundo que recomenda a venda das ações dessa big tech.
Pelo contrário: o momento turbulento do mercado de ações pode ser até um bom ponto de entrada para investir nesta empresa. Não só nela, mas também em outras em ações que estejam “baratas” e tenham potencial de valorização no médio e longo prazo.
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Empresa ‘vendida’ por Warren Buffett é recomendação de compra de outros analistas do mercado
Opiniões no mercado financeiro dificilmente são unânimes, mas podemos citar neste texto dois grandes nomes que recomendam a compra (não a venda!) desta ação.
A big tech vendida por Buffett está presente nas atuais recomendações de compra dos analistas do BTG Pactual.
Segundo o último relatório mensal do banco, esta empresa ainda tem potencial de alto retorno para seus acionistas, com ROE estimado de 153% ainda para 2024.
Outro analista que também recomenda a compra dos papéis desta empresa é Enzo Pacheco, da Empiricus Research. Em seu relatório semanal divulgado na segunda (5), afirmou:
“A ação foi uma das poucas que escapou do banho de sangue nos mercados na sexta-feira. Contudo, a notícia de que o megainvestidor Warren Buffett reduziu pela metade a posição que a Berkshire Hathaway tinha deve pesar no ativo no curto prazo. Entendo, porém que [essa empresa] ainda será uma das principais beneficiadas com a difusão da Inteligência Artificial nos seus produtos. […] Ainda considero válido o investimento na companhia”.
Momento é favorável para entrada em ações com potencial de valorização
A sangria de bolsas ao redor do mundo pode não ser uma má notícia por completo. Em entrevista ao programa Giro do Mercado, do Money Times, da última sexta (2), Enzo Pacheco comentou o momento e afirmou:
“Quando o mercado reage muito negativamente, talvez ele esteja abrindo uma oportunidade para você investir em uma empresa que, daqui a cinco anos, terá resultados melhores do que hoje. A chance de você ter ganhos nesse investimento é muito maior.”
Ou seja, é tudo uma questão de perspectiva. A depender do perfil do investidor que estiver lendo, esse momento pode ser visto como oportunidade de entrada em ações com preços bastante atrativos e potencial de valorização futura ao mesmo tempo. E a ação vendida por Warren Buffett pode ser uma delas.
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