Conteúdo Atom S/A

A empresa em que os funcionários ganham mais que os patrões está com vagas abertas

01 fev 2022, 8:00 - atualizado em 31 jan 2022, 14:00

Trabalho Empresas

Parece loucura ou algum tipo de pegadinha, mas não é. Contrariando tudo o que estamos acostumados a ver, uma empresa do mercado financeiro adota uma política em que os empregados recebem a maior parte dos lucros obtidos pela companhia, enquanto os donos de fato ficam com uma pequena parcela.

E o melhor de tudo: a empresa está com vagas abertas e não exige nenhum tipo de experiência ou formação superior, já que oferece um período de qualificação para qualquer interessado em ingressar na companhia. São apenas três exigências: ter disciplina, humildade e dedicação.

Sem mais delongas, trata-se da Atom S/A, uma das maiores plataformas de trading do Brasil e da América Latina.

O modelo de trabalho da empresa é bem resumido: após um treinamento, os profissionais aprovados entram para o quadro de operadores da bolsa de valores da companhia. A partir daí, eles terão acesso ao dinheiro da Atom para operar no mercado financeiro e são remunerados da seguinte maneira:

  • Trader Júnior: recebe 80% dos lucros das suas operações, enquanto 20% ficam com a Atom;
  • Trader Pleno: recebe 85% dos lucros das suas operações, enquanto 15% ficam com a Atom;
  • Trader Sênior: recebe 90% dos lucros das suas operações, enquanto 10% ficam com a Atom.

Vale ressaltar que o capital aplicado pertence à própria companhia, ou seja, o profissional não está colocando seu patrimônio em jogo, mas sim o da empresa. Portanto:

Em caso de resultado negativo, o funcionário não perde nada e 100% do prejuízo é assumido pela companhia.

Observe alguns exemplos da distribuição de lucros e prejuízos da empresa na tabela abaixo, que á válida para um trader júnior, que acabou de ingressar na mesa de operações da Atom:

Note que, independentemente do lucro conseguido, a maior parte sempre ficará com o funcionário. Já em caso de prejuízo, o empregado não perde nada.

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Como funciona o processo seletivo

Conforme já explicamos, a Atom não exige nenhuma experiência prévia no mercado financeiro ou formação acadêmica específica, já que ela oferece sua própria qualificação, treinando seus novos empregados na prática e facilitando o acesso ao mercado financeiro.

Para buscar uma vaga na empresa, portanto, é preciso se inscrever na formação. Os detalhes serão divulgados em um evento online e gratuito no próximo dia 14. Para reservar sua inscrição, clique neste link.

“Sempre acreditamos na educação. Quando eu comecei no mercado, as pessoas não investiam na bolsa por falta de conhecimento. Quem se propunha a ensinar algo, fazia de maneira complicada, difícil de compreender”, explica a CEO da Atom, Carol Paiffer, em entrevista ao Seu Dinheiro/Money Times. “Queremos dar a oportunidade para as pessoas ingressarem nesse mercado”.

A formação oferecida traz módulos de nivelamento entre os participantes e inclui preparação técnica e psicológica para operar. Ao final do período de aprendizado, os novos profissionais podem optar por fazer um exame em simulador com dados reais de mercado e, se atenderem as exigências, são contratados pela Atom.

Eles também podem optar em seguir com sua carreira em outras instituições ou investir de maneira independente.

“Com nossa metodologia, já formamos mais de 50 mil traders. Muitos estão empregados em corretoras, bancos e gestoras, ganhando salários de cinco dígitos, outros operam por conta própria. São muitos os caminhos a serem tomados”, explica a executiva, que também é uma das investidoras do programa Shark Tank Brasil.

Por que apostar em iniciantes e remunerá-los tão bem?

Uma dúvida que pode pairar é a de que, se é possível que um único trader movimente um enorme volume de recursos em grande quantidade, qual seria a motivação da Atom para trazer novos profissionais, com menor experiência, para operar seu próprio dinheiro? A resposta, segundo Carol Paiffer, está no tipo de negociação e no propósito da companhia.

“Em termos de mercado, de fato não é preciso ter muitas pessoas operando posições de prazo mais estendido, que dependem de análise mais estruturada. Mas, para capturar movimentos imediatos, você precisa de pessoas atentas a qualquer janela de oportunidade. Sem falar que, na Atom, conforme o trader vai crescendo, ele passa a ter maiores comissões e também pode operar com um maior volume de dinheiro”, explica.

Por outro lado, a ideia de dar oportunidade a novos profissionais passa pela própria experiência dela e do irmão, que foram incentivados por professores a ingressar no mercado.

“Queremos dar uma oportunidade para que as pessoas mudem de vida e cresçam junto da gente. O brasileiro não é estimulado a conhecer o mercado financeiro e nem a investir. Queremos abrir portas para pessoas de todos os tipos e mudar isso”, resume.

Sobre o alto percentual de lucros, a ideia é simples: o trader opera com suas próprias ideias e iniciativas e é justo que seja bem remunerado por isso. Afinal, quanto mais ele ganhar, mais a empresa ganha.

É importante ressaltar também que a empresa assume os prejuízos para dar segurança àqueles que estão começando a operar e não podem arriscar seu dinheiro. Isso não significa, contudo, que a pessoa pode “perder dinheiro à vontade”.

Caso tenha muito prejuízo, o funcionário não desembolsa nada, mas pode perder o acesso às contas da companhia e ter de passar por um novo teste para voltar a operar.

Qualquer um pode ser trader?

Há diversos tipos de perfil de traders de sucesso, independentemente de gênero, idade ou formação escolar, mas são três as características que são comuns em todos eles.

“Disciplina, humildade e dedicação”, conta Carol. “O trader precisa ser disciplinado para fazer o que deve ser feito, ter uma rotina, precisa de humildade para não ‘cair do cavalo’ e tem de estudar bastante”.

O estudo aqui, contudo, não inclui uma formação técnica na área econômica nem nada do tipo. Tudo o que é preciso para operar será ensinado no curso.

Inclusive, por depender mais de uma análise gráfica do que dos fundamentos econômicos, o trader não necessariamente precisa ser especialista em assuntos como a taxa de juros ou a inflação, que muitos consideram complicados.

Um estereótipo muito comum em relação ao trader é a questão da qualidade de vida. Muitas pessoas pensam que o trader é aquela pessoa que nunca dorme, precisa estar online de madrugada para ver a bolsa de Tóquio, etc. Segundo Carol Paiffer, essa visão não poderia estar mais equivocada.

“Mais importante do que a quantidade de trabalho, é a qualidade. Se você não cuidar de você, não terá boa performance. Grandes empresários têm uma rotina de se alimentar bem, praticar esportes, reservar um tempo livre para fazer o que gostam”, sintetiza. “Não é uma loucura de operar o tempo todo e cobrir todas as possibilidades. Se você ganhar em uma ou duas horas e fechar a operação, está tudo certo. Adianta você ficar oito horas na academia, por exemplo?”

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