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A baleia que o mercado não gostaria de ver; como a quebra do SVB pode impactar a Bolsa brasileira?

15 mar 2023, 10:00 - atualizado em 14 mar 2023, 10:01
Analista da Empiricus Research que havia alertado para o risco de eventos como estes recomenda investir em ações quality e revela o nome de dois ativos (Imagem: Reauters/Divulgação – Montagem: Julia Shikota)

No último domingo (12) ocorreu a 95ª premiação do Academy Awards, o Oscar. Entre os concorrentes estava o filme “A Baleia”, que acabou não levando o principal prêmio da noite.   

Mas, diferentemente da ficção, no mundo real os noticiários econômicos não tem outro assunto a não ser a primeira “baleia boiando” como consequência da crise financeira enfrentada por todo mundo no pós-pandemia. Estou falando da quebra do SVB (Silicon Valley Bank).

Talvez você nunca tenha visto ou ouvido termo “baleia boiando”. Mas, os mercados costumam usar essa expressão para se referir a quebra de grandes empresas. Esse tipo de evento não é comum, mas pode acontecer sempre que um país, ou o mundo, atravessa uma crise. 

No momento, vários países ao redor do mundo enfrentam inflação e juros elevados. E nesse cenário, alguns setores da economia tendem a ser mais impactados que outros e pode resultar na falência de empresas. Foi o que aconteceu com o SVB.

Embora o caso tenha pegado muitos investidores de surpresa, para o CEO da Empiricus Research, Felipe Miranda, era só questão de tempo para que um evento como esse viesse a acontecer. 

O analista já havia feito este alerta, em outubro de 2022 ele disse o seguinte: 

“As condições financeiras em âmbito global se apertam a um ritmo alucinante e seria improvável atravessarmos essa crise sem que uma grande baleia apareça boiando por aí.”

É por isso que, neste cenário de risco, o analista revelou que, neste momento, o investidor deve buscar investir em ativos quality

Isto é, empresas de alta liquidez, referência em seus setores, com balanço forte e capacidade de atravessar turbulências.

Nesse cenário, Miranda considera que dois ativos têm essas características. São duas das melhores empresas do Brasil, cujas ações estão ‘com desconto’.

Banco e tecnologia, a ‘combinação perigosa’ que levou o SVB à falência 

É claro que uma empresa não quebra simplesmente da noite para o dia, especialmente uma instituição financeira como o SBV que era o 16º maior banco dos Estados Unidos

Contudo, dois fatores pesavam sobre a companhia. O primeiro deles foi a má gestão de risco. Segundo especialistas, o banco estava muito exposto, tendo boa parte do percentual de ativos investido em títulos lastreados em hipotecas — que são mais arriscados que títulos públicos.

Além disso, o foco da companhia era o mercado de tecnologia. Grande parte dos clientes do SVB eram startups do Vale do Silício e de outras partes do mundo que buscavam recursos nos Estados Unidos. Por conta disso, a instituição já vivia um momento delicado. 

O setor de tecnologia já vinha sofrendo com a alta de juros, o que tem dificultado a tomada de empréstimos para manter suas atividades. Assim, o SVB viu a sua atividade com negócios de capitais de risco cair mais de 30% ao longo de 2022. 

O que já estava ruim, desmoronou quando, no final de fevereiro, o banco precisou desfazer as pressas de bilhões de dólares em títulos, o que resultou em um prejuízo de US$ 1,8 bilhão

Miranda explica que em um cenário de juros e inflação alta, os bancos tornam-se um negócio problemático. Dessa forma, “o próprio rumor de quebra dispara a corrida bancária que o empurra do precipício”. 

Foi exatamente o que aconteceu com o SVB, a notícia fez as ações da companhia derreterem mais de 60% em um único dia e disparou uma corrida dos clientes para sacar recursos depositados no banco. 

Com isso, o banco simplesmente faliu em apenas dois dias após sofrer uma corrida bancária. 

O que a quebra do SVB tem a ver com os investidores brasileiros? 

Se você não investe no exterior ou não tem ações do SVB, deve estar se perguntando como a quebra do banco norte americano pode impactar os seus investimentos. 

Para começar, é preciso entender que existe um “risco de contágio”. Em outras palavras, a quebra do SVB pode levar outras empresas à falência. Outros bancos menores podem ser alvo de desconfiança por parte de seus clientes. 

Essa desconfiança pode resultar em uma retirada em massa dos recursos depositados nestas instituições, levando à quebra. Da mesma forma, pode acontecer com as startups que contavam com o crédito oferecido pelo SVB para manter suas operações. 

No caso do mercado brasileiro, a Bloomberg Línea, apurou que startups brasileiras tinham mais de US$ 10 milhões no SVB. Desses, o FIDC (Federal Deposit Insurance Corporation), o FGC dos Estados Unidos vai ressarcir os clientes da instituição em até US$ 250 mil.

Ou seja, os mais de US$ 9,75 milhões de startups brasileiras no SVB entram num processo que deve durar anos até o ressarcimento. Isso significa que essas companhias podem ter dificuldades para ter capital, o que no limite pode significar dificuldade de manter as suas operações. 

Como consequência essas startups brasileiras podem ver a sua receita cair, o que vai impactar no desempenho das suas ações na bolsa

Assim, o caso do SVB só reforça a visão de Felipe Miranda. Para o analista, o melhor a se fazer é buscar ações quality”. Isto é, empresas sólidas na bolsa e com histórico de resiliência em momentos de crise. 

De acordo com o analista, apesar do cenário macroeconômico difícil, o investidor tem a oportunidade de comprar ações de excelentes empresas pagando muito pouco.

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Fuja das ‘baleias’: conheça duas ações recomendadas por Felipe Miranda  

A quebra do SVB foi a primeira “baleia boiando” que surgiu no mercado no pós-pandemia, entretanto é possível que outros casos como este venham a acontecer. Por esse motivo, é preciso ter cautela ao escolher os ativos que vão compor a sua carteira.

Em uma revisão da carteira “Oportunidades de Uma Vida”, Felipe Miranda recomendou a compra das ações de duas empresas que ele considera espetaculares e estão baratas: 

  • Ação “top-pick” dos investidores institucionais que negocia com 20% de desconto em sua média histórica;
  • Uma ação do setor de transportes que está 39% abaixo da média histórica de preço em 5 anos.

Para Felipe, se o cenário macroeconômico melhorar, essas ações podem oferecer ganhos significativos. E, se o cenário azedar, essas ações tendem a ser menos impactadas.

Geralmente, apenas quem é assinante da série tem acesso a essas recomendações, mas você vai poder conhecer o nome dessas duas ações sem assinatura e de graça

A Empiricus Investimentos está oferecendo como cortesia o acesso gratuito ao relatório que revela quais são as duas ações recomendadas pelo estrategista-chefe da Empiricus Research. 

Ou seja, você vai poder conhecer estas recomendações do Felipe Miranda sem desembolsar nenhum centavo por isso. Para isso, basta clicar neste link ou no botão abaixo e seguir as instruções:

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Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.
isabelle.santos@empiricus.com.br
Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.