Conta de luz mais cara? PL das eólicas pode encarecer energia em R$ 28 bi; entenda
O projeto de lei proposto para regulamentar as usinas eólicas pode comprometer o bolso dos brasileiros, de acordo com uma estimativa da Abrace Energia, que representa o setor.
A entidade calcula um adicional de R$ 28 bilhões nas contas de luz. O motivo são as diversas emendas colocadas no texto, que teve o apensamento (quando o Congresso junta vários PLs do mesma tema no texto) de 179 projetos de lei.
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O que pode salgar a conta de luz
As emendas contam com mudanças no setor elétrico. Entenda o que pode pesar no bolso do consumidor. O cálculo foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.
- R$ 16 bilhões ao ano a partir de 2031: Este valor refere-se ao aumento do preço máximo permitido para a energia produzida por 4,250 gigawatts (GW) de usinas termelétricas especiais da Eletrobras (ELET6). A mudança também inclui uma nova forma de realizar leilões para a construção dessas usinas, separando-os da contratação do gás natural e do serviço de transporte deste gás.
- R$ 8,6 bilhões ao ano a partir de 2030: Esse montante está relacionado à conversão de 4,9 GW de capacidade dessas termelétricas para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Essa mudança visa utilizar a energia hidráulica em vez de combustíveis fósseis para gerar eletricidade, o que é mais sustentável.
- R$ 3 bilhões ao ano: Esta quantia será destinada à contratação obrigatória de usinas termelétricas que funcionam com hidrogênio líquido produzido a partir do etanol na região Nordeste. É uma medida para incentivar fontes de energia mais limpas e inovadoras.
- R$ 500 milhões ao ano a partir de 2030: Este investimento será para a contratação obrigatória de 300 megawatts (MW) de capacidade de energia eólica no Sul do Brasil, reforçando o compromisso com a expansão das energias renováveis.