Brasil não vai ter dor de cabeça com Trump e China, diz Bank of America
A economia brasileira não deverá “ter dores de cabeça advindas do panorama externo”, na avaliação do Bank of America Merrill Lynch. “As contas externas não devem ser um gargalo para o crescimento econômico no Brasil”, afirmam os analistas David Beker, Ana Madeira, David Hauner e Claudio Irigoyen.
“A medida que as reservas internacionais permanecem elevadas, o Banco Central possui munição para conter qualquer descompasso nas contas externas diante de um cenário no qual o Brasil resume a tendência de aceleração no crescimento”, avaliam os analistas.
O banco norte-americano projeta deterioração lenta e gradual da CC (Conta Corrente), a ser compensada pelo forte fluxo advindo do BP (Balanço de Pagamentos) via IED (Investimento Estrangeiro Direto).
No curto prazo, o impacto de um panorama com maior volatilidade nas exportações líquidas é compensado por melhores termos de troca, de acordo com o Bank of America Merrill Lynch.
Em conclusão, os analistas destacam o maior foco do governo na abertura comercial, mas ponderam – por outro lado – a transição pautada pelas reformas microeconômicas que são necessárias para elevar a produtividade e preparar a economia para competir com outros países.