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Consumo no Brasil sustenta bons resultados da BRF, avaliam analistas

10 nov 2020, 11:37 - atualizado em 10 nov 2020, 11:37
A empresa reportou um lucro líquido de R$ 218,7 milhões no terceiro trimestre de 2020 (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

O consumo interno de carnes foi o que sustentou os bons resultados da BRF (BRFS3), na visão dos analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos.

A empresa reportou um lucro líquido de R$ 218,7 milhões no terceiro trimestre de 2020, uma queda de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a empresa, é importante destacar a evolução do desempenho operacional das margens, parcialmente compensados pelos gastos associados ao combate dos efeitos da Covid-19, de R$145 milhões e maiores despesas financeiras líquidas.

Já a receita líquida da dona das marcas Sadia Perdigão foi de R$ 9,9 bilhões, elevação de 17,5%, reflexo da melhora do desempenho comercial no Brasil, que apresentou crescimento total de volume de 3,3%, além do aumento do preço médio dos produtos vendidos.

“Assim como outras empresas de consumo no Brasil, acreditamos que o mix de vendas da BRF foi beneficiado pelo maior consumo interno, além do aumento de receita possibilitado pelo auxílio financeiro do governo”, afirmaram os analistas do BTG.

Para a XP, vale ressaltar a estratégia da empresa de aumentar a capacidade de armazenamento, manter eficiência operacional e níveis de ocupação ideais, além de usar de insumos alternativos no processo produtivo.

“Tal estratégia nos surpreendeu positivamente, permitindo que a empresa alcançasse uma margem bruta de 23,6% no trimestre, 603 pontos base acima da nossa estimativa de 17,5%”, afirmou a corretora.

Apesar dos dados positivos no país, os analistas continuam cautelosos em relação ao cenário desafiador para o frango em 2020.

Na visão deles, com as exportações diretas operando normalmente em um tempo de entrada no mercado mais curto, eles acreditam que isso pode ressaltar os impactos do ciclo negativo das aves nos próximos trimestres.

Em geral, o mercado ficará de olho nos próximos meses. A recomendação da XP é de compra, com preço-alvo de R$ 30 da XP, enquanto o BTG Pactual ficou neutro, com preço-alvo de R$ 23.

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