Estados Unidos (EUA)

Consumo dos EUA em xeque: veja 15 gráficos do Deutsche Bank

06 mar 2019, 8:00 - atualizado em 06 mar 2019, 9:28

Diante das preocupações em torno da desaceleração global, a equipe de research do Deustche Bank publicou relatório no qual avalia o consumo nos EUA, responsável por 70% da formação do PIB no país e equivalente a 17% do nível de produto global.

O nível de consumo norte-americano, por sua grandeza (superior a soma dos PIBs de Japão, Alemanha, Itália e Reino Unido), é de suma importância como proxy de atividade global, de acordo com o banco alemão.

 

No entanto, como confirmado com os indicadores econômicos recentes, o futuro do nível de consumo nos EUA aparece cada vez mais nebuloso, por dois principais motivos: trajetória recente de alta da Fed Funds Rate e maior dificuldade para tomada de empréstimos e piora do poder de compra da população norte-americana.

Um dos motivos, segundo o Deustche Bank, são os maiores custos das taxas de cartão de crédito, atingindo máximas de duas décadas, em conjunto com a alta das taxas de financiamentos de automóveis, em patamares mais elevados desde 2011.

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Outro indicativo de preocupação em torno do consumo é a alta de 15% – na relação anual – da taxa de financiamento imobiliário. Quando existe elevação das taxas neste setor, geralmente ocorre recessão a frente. Além das taxas superiores, a parcela da renda necessária para pagar as taxas também subiu no último ano.

Em decorrência das maiores taxas e dificuldades superiores na obtenção de financiamentos, a intenção de compra de automóveis e de imóveis recuou nos últimos meses, adicionando temores em relação a uma possível máxima no nível de consumo dos EUA.

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Embora muitos economistas tenham dizimado o risco da forte queda das vendas do varejo em dezembro último, a correlação com o volume de pagamentos a funcionários é alta e, combinado com a maior inadimplência nos setores automobilístico e financeiro, podem trazer nebulosidade ao crescimento econômico.

Diante da tendência de alta na inadimplência, a queda da taxa de desemprego deverá, conforme a equipe de análise do Deutsche Bank, começar a diminuir seu ritmo de queda, pela alta correlação histórica entre as duas variáveis. Dentre as gerações, os mais endividados são os Millenials.

Por último, a recente queda na confiança do empresariado, apesar do forte nível do PIB no quarto trimestre de 2018, pode trazer nebulosidade ao horizonte do consumo da maior economia do mundo.

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