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Consumo de gás natural no Brasil sobe 40% em outubro ante setembro, puxado por térmicas

18 dez 2020, 17:53 - atualizado em 18 dez 2020, 17:53
Gás natural na Baía de Guanabara
Na indústria, o consumo de gás natural teve alta de 2,9% em relação a setembro (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O consumo de gás natural no Brasil avançou 39,6% em outubro ante o mês anterior, atingindo 72,86 milhões de metros cúbicos por dia, puxado por uma disparada na utilização pelo setor termelétrico, indicou a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) nesta sexta-feira.

Com um consumo de 31,73 milhões de metros cúbicos diários no mês, um crescimento de 129,1% na comparação mensal, a geração elétrica voltou a superar o segmento industrial como maior consumidor de gás natural no país, o que não acontecia desde janeiro.

O Brasil tem passado por um período longo de seca neste ano, o que reduz os volumes dos reservatórios das usinas hidrelétricas e força o acionamento do parque térmico para atendimento à demanda.

“O comportamento desse mês mostra a importância do gás natural para garantir a segurança energética”, disse em nota o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, que pediu por “térmicas a gás regionais na base… para garantir mais previsibilidade num plano de retomada de crescimento econômico sustentável.”

Na indústria, o consumo de gás natural teve alta de 2,9% em relação a setembro, para 27,73 milhões de metros cúbicos/dia, enquanto o segmento automotivo apurou aumento de 21,7%, a 6,5 milhões de metros cúbicos ao dia, chegando a superar o volume visto no mesmo mês do ano passado.

No geral, apesar do crescimento significativo ante setembro, o volume comercializado de gás seguiu 6,87% abaixo do verificado em outubro de 2019, segundo a Abegás.

Os segmentos automotivo e de matéria-prima foram os únicos que apresentaram alta na comparação anual.

Em ano fortemente impactado pela pandemia de coronavírus, o consumo mensal de gás natural superou igual período do ano anterior somente em janeiro, quando os efeitos da crise sanitária e econômica ainda não atingiam o Brasil.

Para 2021, a Abegás projeta um ano de mais estabilidade no consumo, com melhora nos patamares conforme mais esclarecimentos a respeito do programa de vacinação contra a Covid-19 surgirem.

“A melhora do quadro sanitário é fundamental para firmar uma confiança dos agentes econômicos. O consumo de gás natural é um indicador que reflete o comportamento da economia”, disse Salomon.

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