BusinessTimes

Consumo de energia no Brasil fica estável em janeiro após 2 meses de queda, diz CCEE

22 fev 2023, 15:22 - atualizado em 22 fev 2023, 15:23
Consumo
O mercado livre, no qual indústria e grandes empresas contratam seu fornecimento de energia, mostrou leve recuperação no primeiro mês de 2023, ajudando a evitar uma queda do consumo nacional (Imagem: Pixabay/sfedor)

O consumo de energia elétrica no Brasil se manteve estável em janeiro na comparação com igual período de 2022, revertendo a trajetória de queda observada nos dois meses anteriores, segundo dados prévios divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta quarta-feira.

O mercado livre, no qual indústria e grandes empresas contratam seu fornecimento de energia, mostrou leve recuperação no primeiro mês de 2023, ajudando a evitar uma queda do consumo nacional.

A demanda do segmento cresceu 1,8% no comparativo anual, puxada principalmente pelos setores de extração de minerais metálicos (10%) e metalurgia e produtos de metal (6%).

Já o mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas, seguiu pelo terceiro mês consecutivo em queda, desta vez com uma leve redução de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Entre para o Telegram do Money Times!

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Segundo a CCEE, a retração no ambiente regulado, que responde por mais de 60% do consumo nacional de energia, está associada principalmente ao crescimento da geração distribuída, ou seja, painéis solares instalados em residências e empresas, que diminuem a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Pelos cálculos da instituição, excluindo o efeito da geração distribuída, o consumo de energia no ambiente regulado teria crescido 2,0% na comparação com janeiro do ano passado.

Atualmente, a geração distribuída de energia soma 17 gigawatts (GW) de potência no Brasil, tendo se tornado a principal propulsora da fonte solar no país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Geração de Energia

Em janeiro as hidrelétricas mantiveram papel de destaque no fornecimento de energia, com produção de 54.873 megawatts médios, volume 4,5% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.

Consequentemente, as termelétricas reduziram sua geração em quase 45%, a cerca de 6.000 megawatts médios, enquanto a fonte solar produziu 70% mais eletricidade e a eólica avançou perto de 40%.

A CCEE destacou ainda que o período favorável para geração de energia elétrica permitiu ao Brasil exportar 1.133 megawatts médios para a Argentina em janeiro.

Foi realizada a primeira exportação comercial de eletricidade ao país vizinho a partir de excedentes hidrelétricos, após o armazenamento das usinas terminarem o mês nas melhores condições dos últimos 11 anos.