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Consumo de energia no ambiente livre salta 13,3% na 1ª quinzena de julho, diz CCEE

23 jul 2021, 18:37 - atualizado em 23 jul 2021, 18:37
Linhas de transmissão de energia
O volume corresponde a 35,9% do total de eletricidade consumida pelo país nos 15 primeiros dias do mês (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O consumo de energia elétrica no mercado livre do Brasil avançou 13,3% na primeira quinzena de julho em comparação com igual período do ano passado, impulsionado pelo ritmo positivo de adesões ao ambiente, enquanto o mercado regulado apurou queda, indicou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta sexta-feira.

No período, foram consumidos 21.405 megawatts médios no mercado livre, no qual indústrias e empresas de grande porte negociam contratos diretamente com geradoras ou comercializadoras.

O volume corresponde a 35,9% do total de eletricidade consumida pelo país nos 15 primeiros dias do mês.

“O avanço é resultado da expansão do ambiente de contratação livre de energia, que segue um ritmo contínuo de adesões de novos consumidores”, disse em nota o presidente do conselho de administração da CCEE, Rui Altieri, que associa o crescimento à retomada das atividades econômicas.

“Mesmo se desconsiderarmos a entrada de novas cargas nos últimos 12 meses, o segmento teria crescido 8,4%”, afirmou ele.

A CCEE destacou altas expressivas nos segmentos de serviços (+35,8%), saneamento (+31%), têxteis (+26,3%), comércio (+19,2%) e veículos (+18,0%).

O avanço do consumo no mercado livre se opõe a uma retração de 1,9% verificada no ambiente regulado, em que pequenas e médias empresas e os consumidores residenciais adquirem energia junto às distribuidoras.

O setor foi responsável por uma demanda de 38.302 megawatts médios na primeira quinzena deste mês.

Excluindo a migração de cargas nos últimos 12 meses, a queda do consumo no ambiente regulado seria de 4,1%, segundo a CCEE.

O Brasil tem enfrentado uma grave crise hídrica, que afeta a geração por meio das hidrelétricas principais fontes de energia do país e requer um acionamento maior de usinas térmicas, mais custosas, encarecendo também a conta de luz aos consumidores finais.

Além da imposição da bandeira vermelha patamar 2, de maior custo extra ao consumidor, o governo federal também tem realizado campanhas para consumo consciente de água e luz, embora negue a possibilidade de racionamento.

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