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Consumo de água diminuiu e custo aumentou entre 2013 e 2015, diz IBGE

17 mar 2018, 10:16 - atualizado em 17 mar 2018, 10:16

Mais de três milhões de metros cúbicos de água foram retiradas do meio ambiente pelas atividades econômicas e famílias tanto para distribuição quanto para uso próprio em 2015. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

O estudo Contas Econômicas Ambientais da Água foi feito em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional de Águas, com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável e com metodologia da Organização das Nações Unidas.

Toda a água disponível na superfície brasileira era de 6,2 trilhões de metros cúbicos em 2015. Por habitante, isso equivale a cerca de 30 mil caixas d’água de mil litros. Em 2013, o total de recursos hídricos era maior, de 7,4 trilhões de m³ e, em 2014, de 7,6 trilhões de m³.

A atividade econômica que mais contribuiu em 2015 para o volume total de água retirada foi eletricidade e gás, com participação de 97,3%, em função da operação das hidrelétricas brasileiras, embora quase a totalidade dessa água volte aos cursos hídricos.

Os dados mostram que houve uma queda na retirada da água do meio ambiente entre 2013 e 2015 acompanhada de um aumento do custo da água. O uso de água das famílias por pessoa, em 2015, foi de 108,4 litros por dia.

Em 2013, atingiu 111 litros/dia e, em 2014, 114 litros diários.

As famílias pagaram mais de 58% dessa água de distribuição em 2015, ficando os restantes 41% de gastos para as atividades econômicas. Entretanto, há vários setores econômicos que captam a água diretamente, portanto, esses valores não são pagos para as concessionárias de abastecimento.

Em 2015 a atividade econômica água e esgoto correspondeu a 0,5% do valor adicionado bruto total da economia. De acordo com o IBGE, quanto menor for esse indicador significa menos necessidade de água para gerar R$ 1  de riqueza.

As atividades agrícolas e pecuárias lideram também o ranking de maiores consumidores em relação a geração de riqueza, seguidas da indústria da transformação e industrias extrativas. Os dados indicam ainda que a cada mil litros de água que consome, a economia brasileira gera R$ 169.

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