Internacional

Consumidores dos EUA, incluindo famílias de baixa renda, ainda estão gastando, diz BofA

14 abr 2022, 9:19 - atualizado em 14 abr 2022, 9:19
EUA
Na verdade, as famílias dos EUA de baixa renda estão gastando mais em relação a suas compras pré-pandemia (Imagem: Reuters/Carlo Allegri/File Photo)

Os gastos com cartões de crédito e débito dos consumidores dos Estados Unidos até agora em 2022 aumentaram 15% em relação a um ano antes, mostrou pesquisa do Bank of America na quarta-feira, um sinal de que o desânimo dos norte-americanos em relação à economia devido à inflação alta ainda não se traduziu numa demanda menor.

Na verdade, as famílias de baixa renda – muitas vezes descritas como as mais vulneráveis a um choque induzido pela inflação – estão gastando mais em relação a suas compras pré-pandemia, descobriram os pesquisadores do banco.

Por outro lado, os pesquisadores do Bank of America Institute disseram que alguns dos gastos desse grupo refletirão a inflação alta, com o índice de preços ao consumidor de março registrando salto de 8,5% em 12 meses, o maior em mais de 40 anos. Além disso, essas famílias normalmente gastam uma parcela maior de seus orçamentos em alimentos, gasolina e serviços públicos, que artigos que contribuem mais fortemente para o aumento dos preços.

“Mas o nível de gastos com cartão neste grupo ainda está muito acima dos níveis pré-pandemia: os dados mais recentes de gastos com cartão de débito e crédito do Bank of America por família mostram que os gastos com cartão aumentaram 33,3% entre o grupo (de renda anual) abaixo de 50 mil dólares nos três anos até a semana de 9 de abril”, escreveram.

Os pesquisadores do Bank of America atribuíram a força contínua em grande parte ao mercado de trabalho dos EUA. A taxa de desemprego está em 3,6% – mais ou menos onde estava antes da pandemia-, há quase duas vagas abertas para cada desempregado e os salários por hora estão subindo à taxa mais rápida em anos, a ritmo anual de 5,6%.

Outro fator que continua a sustentar os gastos, especialmente entre as famílias de baixa renda, é o dinheiro que permanece a sua disposição. As contas bancárias ainda estão bem abastecidas com salários mais altos e fundos residuais de repetidas rodadas de estímulo federal distribuídas durante a pandemia.

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reuters@moneytimes.com.br
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