Consumidor espera novo Presidente para abrir o bolso
A atividade econômica está se expandindo, mas deve ser um voo de galinha. A alta dessazonalizada de 1,3% das vendas do comércio varejista em setembro frente ao mês de agosto, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio da semana passada, não é sustentável. Esta é a visão da Mapfre Investimentos, que em um relatório publicado nesta segunda-feira (15) dá três motivos para esta percepção.
Primeiramente, a confiança do consumidor encontra-se em queda. Em segundo lugar, as concessões de crédito também não dão sinais de crescimento. Em terceiro lugar, o mercado de trabalho não está operando como deveria. Quanto maior o desemprego, menores as vendas do comércio varejista. E, ao depender da atual taxa de desemprego, espera-se queda das vendas para a linha de tendência.
Para a Mapfre, portanto, a expansão da atividade econômica não deve ser considerada permanente. São poucas as chances de reverter o elevado endividamento de famílias e empresas dentro de um período de curto prazo. As confianças do consumidor e do empresário ainda se encontram dependentes do quadro político e o aumento do consumo e do investimento só dará indícios de crescimento após as eleições, quando ficar evidente o programa do próximo Governo, tal como sua capacidade de implementação.