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Construtoras, Mantega na Braskem e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (15)

15 mar 2024, 10:14 - atualizado em 15 mar 2024, 10:14
ibovespa
Balanços das construtoras, Mantega na Braskem e outro assuntos podem mexer com o Ibovespa nesta sexta (15) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (15) em leve alta, avançando 0,13%, a 127.861 pontos, por volta das 10h10.

Na véspera, o índice fechou o dia em baixa. As ações da Embraer (EMBR3) “voaram” para uma alta de 10,21%, após comentários de analistas do Morgan Stanley. Apesar disso, os papéis de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) pesaram sobre o índice, que fechou em baixa de 0,25%, a 127.689,97 pontos.



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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta sexta (15)

Ibovespa: prudência domina mercado de ações brasileiro

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, avalia que a prudência dominou o cenário no mercado de ações brasileiro, levando a um desempenho negativo para muitos ativos listados no Ibovespa (IBOV).

“Esse movimento descendente foi liderado, em grande parte, pelas ações da Vale e da Petrobras, que enfrentam preocupações persistentes quanto à potencial interferência política em suas gestões”, avalia.

Ele destaca que a Vale (VALE3) foi adicionalmente impactada pela queda no preço do minério de ferro, enquanto a Petrobras (PETR4) não conseguiu capitalizar plenamente o recente aumento nos preços do petróleo.

“Em paralelo, no cenário político, o Ministério da Fazenda optou por postergar a apresentação ao Congresso Nacional da proposta crucial para a reforma tributária, focada na tributação da renda, um elemento vital na agenda do governo que busca, eventualmente, facilitar a redução da alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), reajustando a carga tributária de renda em detrimento da de consumo”, aponta.

Apesar de lançar e vender menos, lucro da Cyrela (CYRE3) cresce no 4T23

Cyrela (CYRE3) registrou lucro líquido de R$ 248 milhões no quarto trimestre de 2023, alta de 19% em relação ao mesmo período de 2022.

receita líquida da construtora e incorporadora do segmento de alta renda atingiu R$ 1,71 bilhão de outubro a dezembro, crescimento de 25% ante o registrado um ano antes.

Com lucro bruto de R$ 577 milhões no trimestre – alta de 34% na base anual –, a companhia viu sua margem bruta subir 2,3 pontos percentuais (p.p.) no comparativo anual, para 35,4%.

Na avaliação de Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, os números apresentadors pela construtora são têm impacto positivo.

“A empresa entregou sólidos resultados operacionais e financeiros, dado o cenário de juros elevados no Brasil durante o ano de 2023. Com a redução dos juros, a tendência é que a empresa possa acelerar o passo no seu ritmo de lançamentos e entregas”, avalia.

Plano&Plano (PLPL3) tem o maior lucro da história em 2023 com programas de governo

A construtora Plano&Plano (PLPL3) registrou lucro líquido de R$ 268,6 milhões em 2023, o dobro do apurado no ano anterior. Segundo a companhia, foi o maior lucro de sua história.

No recorte trimestral, o indicador avançou 43,8% na comparação com outubro a dezembro de 2022, para R$ 83,1 milhões.

Destaque entre as construtoras do segmento de baixa renda, a Plano&Plano registrou a maior receita líquida de sua história no último ano, de R$ 2,07 bilhões, alta de 38,9%.

Em relação Plano&Plano, a Guide também aponta os números como positivos, ressaltando o forte crescimento da receita e margens elevadas. “Esperamos uma reação positiva”, apontam.

Tenda (TEND3) chega a 9 trimestres de prejuízo, que cai 87% no 4T23

A construtora Tenda (TEND3) fechou o quarto trimestre de 2023 com prejuízo líquido de R$ 19,6 milhões, redução de 87,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Com isso, a Tenda engata nove trimestres seguidos de prejuízo. Os números consideram os resultados da construtora e de sua subsidiária Alea.

De outubro a dezembro, a receita líquida consolidada cresceu 19,6% na base anual, para R$ 754,9 milhões. O lucro bruto ajustado foi de R$ 187,8 milhões, mais que o dobro do visto no quarto trimestre de 2022.

Governo quer emplacar Mantega na Braskem (BRKM5)

O governo até tentou indicar o nome do ex-ministro Guido Mantega para a vaga de presidente da Vale (VALE3). No entanto, o nome foi mal recebido no mercado, que enxergou esse movimento como uma tentativa de interferência na companhia.

Agora, pessoas próximas ao presidente Lula sinalizam que Mantega pode acabar indo para o conselho da Braskem (BRKM5).

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o mandato de 10 dos 11 conselheiros da petroquímica expira já no mês que vem, sendo que a Petrobras (PETR4;PETR3) tem direito a quatro destes assentos.

O mandato é de dois anos e a indicação do nome do Mantega estaria dependendo apenas de trâmites burocráticos. A ideia do governo seria criar um rodízio de conselheiros nos assento de empresas que tem direito.

Extra: investidores estão atentos aos indicadores antes da Super Quarta

A agenda segue morna, mas agora qualquer indicador pode sinalizar problemas à frente quando se trata das projeções do mercado.

Ontem, o Índice de Preços ao Consumidor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos veio mais alto do que o esperado, além disso, os dados de vendas no varejo também não agradaram muito. Tudo isso em uma semana que saiu o CPI americano, também ligeiramente mais alto.

Para hoje, ainda tem dados de produção industrial e Índice de Sentimento do Consumidor. Em dias normais, talvez esses números passassem despercebidos, mas com uma reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) marcada para semana que vem, o olhar dos investidores será outro.

Nos últimos dias, as apostas de que o Federal Reserve deve dar início ao seu afrouxamento monetário somente em junho se consolidaram. Ainda assim, há uma dúvida de como será esse ritmo de cortes nos juros e se uma eventual mudança na economia poderá impactar os planos do Fed.

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, avalia que os últimos desenvolvimentos sugerem uma postura mais cautelosa do Fed em relação à redução das taxas de juros, intensificando a aversão ao risco entre os investidores.

“No entanto, alguns sinais de renovação do crescimento econômico global oferecem uma visão ligeiramente mais otimista, preservada a expectativa anterior de que os bancos centrais possam iniciar cortes nas taxas de juros em meados do ano”, pondera.

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