Construtoras: impactos totais do coronavírus serão vistos no 2º trimestre, estima BTG
O BTG Pactual (BPAC11) prevê resultados mais fracos para as empresas do setor de construção e incorporação sob sua cobertura (Cyrela (CYRE3), MRV (MRVE3), Eztec (EZTC3), Direcional (DIRR3), Even (EVEN3), Helbor (HBOR3), Tecnisa (TCSA3) e Trisul (TRIS3)). Segundo a equipe de análise do banco, números menores já são uma característica do primeiro trimestre para as construtoras devido aos feriados do período.
Neste ano, o fator “coronavírus” também deve pressionar as companhias, embora um abalo maior deva ser reportado apenas no segundo trimestre.
“As construtoras reportarão balanços do primeiro trimestre mais brandos, com a covid-19 já dando sinais dos efeitos da quarentena sobre o setor (os pontos de venda estão fechados e as companhias não estão lançando novos projetos). Mas mais importante, o impacto total poderá ser sentido no segundo trimestre, com o lockdown em abril e maio”, afirmaram os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio.
No primeiro trimestre, a melhor performance ficará para o segmento de média a alta renda. Mesmo com a falta de lançamentos, as margens brutas devem mostrar expansão, levando a um preço por ação mais alto por parte das empresas do nicho.
Já para o segundo trimestre, Cambauva e Credendio acreditam que o segmento de baixa renda pode performar melhor do que o de média a alta renda. Com o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) inalterado, pode-se esperar uma resiliência maior da categoria.
Direcional é a ação top pick do banco.