Economia

Consórcio da Suzano vence leilão de terminal do Porto de Itaqui

27 jul 2018, 14:35 - atualizado em 27 jul 2018, 15:01
Agência Brasil/Agência Brasil

O leilão para arrendamento de áreas em portos promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq )na B3, na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, teve como vencedor o consórcio operado pela Suzano, único proponente, que ofertou R$ 100 mil como valor de outorga para um terminal no Porto de Itaqui, no Maranhão.

Os lotes referentes a dois terminais no Porto de Paranaguá, no Paraná, para trânsito de celulose e veículos, não receberam propostas. Mário Povia, diretor da Antaq, disse que esta foi uma oportunidade desperdiçada pelos empresários, já que o contrato oferece grande potencial e segurança jurídica. “Eu não esperava dar vazio, não vejo uma justificativa plausível”, afirmou.

Segundo Povia, a rejeição  um conjunto de fatores pode ter levado à rejeição, como estrutura eficiente do porto paranaense que, contraditoriamente, afasta os empresários em razão da baixa necessidade de investimentos. Outro ponto é o custo de capital ( Waac, na sigla em inglês), que influencia a remuneração do investidor. O governo trabalha com uma nota técnica de 2015. “Não acho que tenha sido o único fator [para falta de propostas]”, avaliou.

O diretor da Antaq disse que pretende estudar o resultado do leilão de hoje, mas garantiu que os contratos que não receberam propostas estavam bem modelados, com as demandas verificadas. “Estavam em um contexto de viabilidade”, disse.

Porto de Itaqui

Voltado para o embarque e desembarque de papel e celulose, o contrato do Terminal no Porto de Itaque terá prazo de 25 anos. O CEO do Porto do Itaqui Ted Lago disse que uma fábrica da Suzano no sul do Maranhão deve facilitar a operação.

“Temos uma malha ferroiária. São três ferrovias que atendem ao porto, que saem de dentro da fábrica da Suzano até a beira do cais. O projeto vai completar o processo e dará mais rentabilidade como um todo. A Suzano tem experiência longa no processo de celulose”, disse.

Para o diretor do Departamento de Parcerias do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, Fábio Lavor Teixeira, mais importante do que o valor ofertado de R$ 100 milhões são R$ 200 milhões que serão investidos na estrutura. “O governo pretende prover infraestrutura, teremosr um terminal ultramoderno”, disse.

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