Conselho do COI estudará questões de Tóquio, mas não cancelamento
A Olimpíada de Tóquio estará no topo da pauta quando o conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) se reunir na quarta-feira – mas a entidade apoia o evento com firmeza, e qualquer conversa sobre um cancelamento devido à pandemia de Covid-19 é altamente improvável.
A menos de seis meses do início dos Jogos, o conselho tratará de questões como a vacinação dos atletas, visitantes internacionais e a presença de espectadores e regulamentos de segurança, entre outras.
Mas o organismo olímpico, que se reunirá virtualmente, se vê em uma situação semelhante à de março do ano passado, quando foi forçado a adiar os Jogos em 12 meses porque a pandemia de Covid-19 inviabilizou o esporte em todo o mundo.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, está mantendo o compromisso de seu governo de sediar a Olimpíada. Na semana passada, autoridades refutaram uma reportagem do jornal britânico Times segundo a qual Tóquio abandonou a esperança de realizar o evento neste ano –mas pesquisas de opinião do Japão mostram que o público é fortemente contrário à realização dos Jogos em meio à pandemia.
O COI insiste que não existe plano B para Tóquio.
“Seis meses antes dos Jogos, todo o movimento olímpico está ansioso pela cerimônia de abertura em 23 de julho”, disse o presidente do COI, Thomas Bach, em uma mensagem aos organizadores no sábado.
Ele reconheceu que será uma “grande empreitada”, mas acrescentou que grandes eventos esportivos já estão acontecendo em todo o mundo, mesmo que ainda não exista uma disponibilidade abrangente de vacinação contra o vírus.
Mas grande parte do Japão está sujeita a um estado de emergência no momento por causa de uma terceira onda de infecções de Covid-19, e caso a Olimpíada aconteça, sem dúvida será completamente diferente das edições anteriores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira que está oferecendo conselhos de gerenciamento de risco ao COI e às autoridades japonesas sobre a Olimpíada de Tóquio, mas acrescentou que sua prioridade é vacinar os profissionais de saúde de todo o globo contra a Covid-19.
Um problema que parece ter sido evitado é a ameaça de o COI impor sanções à Itália por interferência governamental relacionada aos esportes por causa de um esboço de lei depois que Roma aprovou um decreto garantindo a autonomia do Comitê Olímpico Italiano (Coni).