Política

Conselho de Segurança da ONU votará na sexta-feira resolução da Rússia sobre Ucrânia

16 mar 2022, 19:59 - atualizado em 16 mar 2022, 19:59
Onu
O esboço de resolução, visto pela Reuters, também não aborda a responsabilidade ou reconhece a invasão russa de sua vizinha (Imagem: REUTERS/Carlo Allegri)

O Conselho de Segurança da ONU votará na sexta-feira um pedido elaborado pela Rússia para acesso à ajuda e proteção civil na Ucrânia, mas diplomatas dizem que a medida deve fracassar porque não pressiona por uma fim do combate ou retirada das tropas russas.

O esboço de resolução, visto pela Reuters, também não aborda a responsabilidade ou reconhece a invasão russa de sua vizinha.

A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, descreveu os pontos como “omissões flagrantes” em um vídeo postado no Twitter na terça-feira, e disse que a Rússia estava “jogando”. Ela afirmou que o Reino Unido não votará a favor do texto da Rússia.

“A resolução deles pede que as partes respeitem o direito humanitário internacional, mas deixa de fora o fato de que a Rússia está cometendo crimes de guerra”, disse ela. “É a invasão e as ações deles que estão conduzindo essa crise humanitária que se desenrola.”

Uma resolução do Conselho de Segurança precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto dos membros permanentes Rússia, China, Reino Unido, França ou Estados Unidos para ser adotada. Diplomatas disseram que a medida russa fracassaria porque a maioria dos 15 membros provavelmente vai se abster.

“Não vamos dar crédito ao esforço da Rússia de fugir à responsabilidade e culpabilidade por sua agressão não provocada”, disse Olivia Dalton, porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam Moscou de atacar civis indiscriminadamente. Milhares de pessoas foram mortas durante a invasão da Rússia, que começou em 24 de fevereiro, e vários milhões foram deslocados.

A Rússia chamou suas ações militares na Ucrânia de “operação especial”. O país nega atacar civis e diz que seus ataques aéreos, terrestres e marítimos visam destruir a infraestrutura militar da Ucrânia.

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