Política

Conselho de Ética vota representações contra Eduardo Bolsonaro

08 abr 2021, 8:30 - atualizado em 08 abr 2021, 8:30
Igor Timo
O relator do caso, deputado Igor Timo (Pode-MG), recomendou o arquivamento do processo, com o argumento de que não há justa causa para seguir com o assunto (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta quinta-feira, às 10 horas, para decidir sobre a continuidade ou não do processo (representações 10/19 e 11/19) movido por Rede, Psol, PT e PCdoB contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

A votação estava prevista para segunda-feira passada, mas um da deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) e dos deputados Paulo Guedes (PT-MG) e Júlio Delgado (PSB-MG) adiou decisão do caso.

Os quatro partidos acusam o deputado de quebra de decoro parlamentar e de atentado contra a democracia por sugerir, durante uma entrevista, a adoção de um novo AI-5, instrumento que, em 1968, endureceu o regime militar permitindo o fechamento do Congresso Nacional, entre outras medidas.

O relator do caso, deputado Igor Timo (Pode-MG), recomendou o arquivamento do processo, com o argumento de que não há justa causa para seguir com o assunto.

Na avaliação de Timo, Eduardo Bolsonaro “não extrapolou os direitos inerentes ao mandato, atuando conforme as prerrogativas que possui”, apenas tendo se manifestado politicamente, como lhe permite o ofício de parlamentar.

Eduardo Bolsonaro voltou a dizer que foi mal interpretado e acusou a oposição de usar o Conselho de Ética “para fazer guerra política”. “Trata-se de uma representação de opositores, de adversários políticos. Eles entendem que a maneira de fazer política é judicializando e eventualmente dando entrada nesse Conselho de Ética”, declarou.

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