Conselho de Ética da Câmara pode votar oito representações contra deputados do PSL
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira (17) oito representações contra deputados do PSL: Carla Zambelli, Coronel Tadeu e Eduardo Bolsonaro, de São Paulo; Daniel Silveira e Carlos Jordy, do Rio de Janeiro; Alê Silva, de Minas Gerais; Bibo Nunes, do Rio Grande do Sul; e Filipe Barros, do Paraná.
Sete representações foram apresentadas pelo próprio partido e uma apresentada pelo PT.
Coronel Tadeu
O deputado é acusado pelo Partido dos Trabalhadores de ter praticado manifestação racista de ódio contra a população negra por ter retirado e quebrado, em novembro passado, charge do cartunista Carlos Latuff que compunha exposição na Câmara dos Deputados em comemoração ao Dia da Consciência Negra.
A charge era alusiva ao “genocídio negro” que ocorre no País, segundo os expositores. Em defesa prévia, Coronel Tadeu afirma que o verdadeiro crime, no caso, foi atribuir crimes às corporações de segurança pública.
Ele argumenta que a retirada do quadro foi para corrigir um grande erro de ofensa aos policiais e que jamais houve intenção de praticar racismo ou qualquer outro crime.
Eduardo Bolsonaro
Segundo representação do PSL, o deputado Eduardo Bolsonaro teria quebrado o decoro parlamentar ao promover campanha difamatória e injuriosa contra a deputada Joice Hasselmann, do mesmo partido, após divergências sobre a escolha do líder do partido no início deste ano.
Eduardo é acusado de promover linchamento virtual da parlamentar com ofensas e ataques pessoais.
Eduardo Bolsonaro até o momento, não apresentou defesa prévia.
Zambelli
Carla Zambelli também é acusada de quebra de decoro por postagens em redes sociais durante disputa pela liderança da legenda. Em defesa prévia, a parlamentar alega sofrer perseguição por parte do PSL e que a representação viola o direito de imunidade parlamentar.
Silveira
Daniel Silveira é alvo de representação por ter gravado reunião reservada em que se discutia a disputa pela liderança do partido. Silveira gravou o encontro, e a gravação foi, posteriormente, divulgada por diversos veículos de comunicação. O parlamentar ainda não apresentou defesa prévia.
Jordy
Carlos Jordy também é acusado por postagens em redes sociais, que questionam a opção de seus colegas de partido pela permanência do então líder, o deputado Delegado Waldir (PSL-GO). Na defesa prévia, Jordy cita a imunidade parlamentar e acusa o partido de usar o Conselho de Ética para tentar calar vozes.
Silva
A representação contra Alê Silva também a acusa de atacar a honra de seus colegas ao apontar contradição na escolha de colegas em apoiar Delegado Waldir para a liderança. Ainda não há defesa prévia protocolada.
Nunes
Por sua vez, Bibo Nunes, segundo a representação, teria atacado a honra de seus colegas em rede social, ao chamá-los de traidores. O PSL cita, também, entrevista concedida por Nunes em que o deputado afirmou que o partido é “dinheirista” e não se importa com a política nem tem transparência. O parlamentar não apresentou defesa prévia.
Barros
Filipe Barros é acusado de atacar a honra de colegas de partido, ao colocar como contraditório o apoio, por parte dos mesmos que apoiaram a eleição de Jair Bolsonaro, à permanência de Delegado Waldir no posto de líder do PSL. Barros ainda não apresentou defesa prévia.