Política

Conselho de Ética arquiva processos contra dois deputados do PSL

04 mar 2021, 13:33 - atualizado em 04 mar 2021, 13:33
Mitraud
Mitraud considerou as alegações genéricas, não dirigidas a nenhum parlamentar em particular e dentro de uma situação de conflito partidário (Imagem: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados)

Integrantes do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiram nesta quinta-feira (4) arquivar dois processos por quebra de decoro contra membros do PSL.

Os processos foram abertos a pedido do próprio partido, por causa de manifestações, em redes sociais e na imprensa, durante a disputa pela liderança da legenda, no final de 2019.

O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) foi acusado pelo partido de atacar a honra dos colegas em mensagem postada em uma rede social (REP 18/19).

Em sessão do Conselho de Ética realizada na terça-feira (2), ele já tinha feito sua defesa. Jordy argumentou que não houve nenhum comportamento incompatível com a conduta de um deputado e apontou uso político do Conselho de Ética.

“Até sugiro que possamos fazer uma alteração no Regimento, para que, no momento de uma representação em que não houver o mínimo de conjunto indiciário, o mínimo de conjunto probatório, que não se aceite uma representação, porque a gente acaba perdendo tempo, utilizando a estrutura da Câmara, luz, tudo o mais, à toa”, argumentou.

O relator do processo, deputado Gilson Marques (Novo-SC), recomendou o arquivamento da representação, invocando a imunidade parlamentar, sugestão confirmada pela votação dos integrantes do colegiado.

Bibo Nunes

O outro processo arquivado foi a representação (REP 21/19) contra o deputado Bibo Nunes (PSL-RS).

Ele também foi acusado de atingir a honra de colegas em postagens em redes sociais e em uma entrevista a um jornal.

Em sua defesa, o parlamentar reconheceu atritos com o partido, mas ressaltou que tudo tinha sido esclarecido em uma reunião com a bancada há cerca de um mês.

“Os problemas foram aparados, não temos mais rancor algum, estamos unidos no PSL e vamos manter essa união. Às vezes se esquenta a cabeça de um lado ou outro, mas foram pedidas desculpas e, se eu transgredi alguma coisa, eu peço humildemente desculpas. Mas não foi a intenção e foi um problema dentro do partido”, disse.

Para o relator do processo, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), as declarações de Bibo Nunes foram alegações genéricas, não dirigidas a nenhum parlamentar em particular, dentro de uma situação de conflito partidário. Por isso, ele também recomendou o arquivamento, que foi igualmente aceito pelos integrantes do Conselho de Ética.

O colegiado volta a se reunir na próxima terça-feira (9), às 14h30.

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