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Conselho da Sanepar aprova projeto de criação de units

14 jul 2017, 0:42 - atualizado em 05 nov 2017, 14:00

O Conselho de Administração da Sanepar (SAPR4) aprovou na noite desta quinta-feira (13) a contratação das assessorias necessárias em duas etapas visando a formatação das units e sua colocação no mercado, mostra um comunicado enviado à CVM.

O documento informa que a realização da segunda etapa ficará na dependência dos resultados da primeira etapa, assim como de posterior deliberação deste colegiado, cujos custos serão divididos proporcionalmente entre os acionistas solicitantes e interessados no processo.

Motivo

Segundo o Bradesco, a venda de uma fatia do governo do Paraná na Sanepar pode estar por trás da decisão da empresa em criar as “units”. O governo possui 90% das ações ordinárias, que não tem liquidez. Como uma lei exige a manutenção de no mínimo 60%, uma alienação corresponderia a até 45 milhões de ações ordinárias.

“A eventual criação das units seria então uma saída para vender o excesso em relação ao mínimo exigido para controle, podendo ocorrer uma conversão parcial de ordinárias por preferenciais, enquanto, ao mesmo tempo, minoritários poderiam converter parte das preferenciais em ordinárias”, avaliam os analistas do Bradesco Francisco Navarrete e Aloisio Lemos.

O Itaú BBA simulou um cenário de formação das units. “Esperamos que o governo possa vender até 50 milhões de ações com direito a voto e 23 milhões de ações preferenciais (até aproximadamente BRL 695 milhões) no mercado, a serem convertidas em unidades. Ao fazer isso, o Estado reduziria a sua participação em ações ordinárias de 89,8% ao nível mínimo exigido legalmente de 60%, a fim de manter o controle da empresa”, destaca o analista Pedro Manfredin.

Ele ressalta que o índice de conversão ainda não foi divulgado, mas a operação deve criar uma pressão sobre as ações preferenciais, mas “também um considerável aumento da liquidez das ações. Tanto o Bradesco, quanto o Itaú, recomendam a compra das ações.