Economia

Conheça as principais fraudes bancárias e como o BC busca combatê-las; veja como se proteger

24 nov 2023, 15:18 - atualizado em 24 nov 2023, 15:18
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Com o Mecanismo Especial de Devolução (MED), o Banco Central espera solucionar boa parte das fraudes bancárias (Imagem: Getty Images/Canva)

Não é novidade que as fraudes bancárias nas transações eletrônicas estão crescendo a cada dia no Brasil, e para combatê-las, novas tecnologias e atualizações em sistemas já existentes, estão sendo criadas.

Em uma das tentativas de aumentar a segurança das operações e reduzir as perdas, o Banco Central (BC) criou uma resolução, chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), no qual está sendo aplicado pelas instituições financeiras em casos de operações suspeitas.

Resumindo, os bancos podem compartilhar informações entre si  por um sistema eletrônico, no qual os dados são inseridos. Além disso, a ferramenta permite que as instituições visualizem os indícios da fraude.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “a Resolução Conjunta n. 6 determina o compartilhamento de dados e informações sobre fraudes no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)”, na qual entrou em vigor no dia 1º de novembro.

“As instituições financeiras poderão identificar com mais facilidade os autores que executam ou tentam executar as fraudes, ter a descrição dos fatos ocorridos, além de dados dos bancos responsáveis pelo registro das informações e da conta destinatária e de seu titular, no caso de transferência.”

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Fraudes Bancárias: Como se proteger?

Um dos golpes mais frequentes, é o uso de falsas centrais de bancos, nas quais os golpistas usam de forma indevida números reais das principais instituições bancárias, e induzem a vítima a passar dados pessoais ou realizar transferências.

Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, também dá dicas de como se proteger e o que pode ser feito em situações de fraude, confira:

  • Nunca confie em pedidos de transferência via Pix feitos por estranhos

Não aceitar propostas estranhas, mesmo que óbvio, é uma das opções para se proteger de futuros golpes. Nunca perca tempo com pedidos como “transfira um valor e receba o dobro de volta”, não é algo normal alguém sair distribuindo dinheiro.

  • Confira os dados antes de confirmar a transação

No ato da transferência, é de extrema importância conferir os dados do remetente: Nome, CPF e instituição bancária. Um único número diferente pode gerar dor de cabeça, visto que nem sempre a pessoa fará o retorno do valor.

Além disso, o consumidor também deve ficar atento e:

  • Nunca clicar em links que chegam por SMS;
  • Não responder ligações de fontes que não conheça;
  • Não digitar ou passar informações pessoais em chats, sms ou ligações;
  • Não levar em consideração mensagens que ou estejam oferecendo promoções “absurdas”, antecipação de conta/boleto, ou mensagens que digam, por exemplo, “você ganhou um prêmio de tantos reais, responda para receber”.
  • Na mesma linha, mas de forma oposta, não responder mensagens que induzam um possível débito ou situações de risco, como por exemplo: “sua conta vai ser negativada”, “há uma dívida de tantos reais em seu CPF, responda para realizar o pagamento”, entre outras.

Segundo Ione Amorim, coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), através do MED, as instituições podem rastrear em 100% as operações fraudarias.

No entanto, têm casos que “a conta se perde em tantas transferências posteriores que não é possível alcançar totalmente, então às vezes pode ter uma recuperação parcial do valor”.

Dessa forma, esses mecanismos levam a necessidade das instituições bancárias serem mais criteriosas no monitoramento das transações, e o consumidor possa registrar a ocorrência na própria central de atendimento.

Segundo Amorim, em caso de fraude, o consumidor deve:

  • abrir um boletim de ocorrência, e em caso de negativa, procurar o BC antes de consolidar que não vai ter direito a nenhum tipo de reparação.
  • além disso, é importante anotar horários, trocas de informação e todas as direções em que houve a indução de chegar a esse tipo de transação.

Segundo o Artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, a instituição tem a responsabilidade de garantir a segurança de seus serviços, ou seja, proporcionar um ambiente seguro para que o consumidor faça transações em condições de segurança dentro da plataforma.

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