Congresso teria de fornecer mais autoridade ao Fed para lançamento de dólar digital
Nesta terça-feira (25), o Comitê Bancário do Senado Americano realizou uma audiência sobre a supervisão do Federal Reserve, que teve moedas digitais emitidas por banco central (CBDCs) como um dos assuntos principais.
Randal Quarles, vice-presidente de Supervisão, falou em nome do Fed.
“Estou feliz em ver o Fed avançar em emitir um relatório sobre moedas digitais emitidas por banco central”, disse o senador Chris Van Hollen. “Você poderia me dizer se o Fed teria ou não a autoridade de lançar um piloto se quisesse ou você acredita que precisaria de autoridade do Congresso?”.
Quarles respondeu que o estudo foi criado para determinar se uma CBDC seria apropriada para os Estados Unidos, o que é, segundo ele, “uma questão bem aberta”. Porém, “um piloto mais amplo e, com certeza, a própria CBDC provavelmente exigirão mais autoridade”, segundo Quarles.
Junto com as CBDCs, criptoativos surgiram no contexto de inclusão financeira e de trabalho em fornecer acesso a empresas fintechs a alvarás e serviços bancários. A senadora Cortez Masto perguntou como tecnologias emergentes e empresas cripto podem facilitar os serviços. Quarles respondeu:
Em alguns casos, empresas fintechs buscam operar sem parceiros bancários. Podem operar de forma mais barata, para aumentar a inclusão, mas gera perguntas em como consideramos essas empresas.
A senadora Cynthia Lummis pediu por uma atualização sobre a regulação mais recente para criptoativos.
Em resposta, Quarles falou sobre a recém-anunciada “equipe interagências”, que visa manter o Fed, bem como outras reguladoras bancárias, como o Escritório de Controladoria da Moeda (OCC) e a Corporação Federal de Seguros de Depósito (FDIC), em sintonia.