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Congresso americano quer respostas sobre envolvimento de DLive e BitTorrent no ataque ao Capitólio

10 fev 2021, 8:26 - atualizado em 10 fev 2021, 8:26
Capitolío, Eua
(Imagem: REUTERS/Leah Millis)

Legisladores enviaram uma carta aos executivos das plataformas DLive e BitTorrent após o ataque ao Capitólio dos EUA em janeiro, “manifestando preocupação” sobre a forma como usuários utilizaram a plataforma para incitar a violência.

BitTorrent, um protocolo de compartilhamento de arquivos de ponto a ponto, adquiriu DLive em outubro de 2020. A plataforma de vídeos desenvolvida em blockchain é conhecida por ser mais tolerante a restrições de conteúdo em comparação a plataformas adversárias, como o YouTube.

Diversos comentadores de direita, presentes no evento de 6 de janeiro, têm seguidores na plataforma DLive e receberam o token da BitTorrent (BTT) por conteúdos relacionados ao ataque ao Capitólio.

Membros do Comitê de Seleção Permanente de Inteligência da Câmara dos EUA alegam que seu conteúdo incentivou ações extremistas.

A carta do comitê, enviada a Justin Sun, CEO da BitTorrent, e Charles Wayn, CEO da DLive, afirma que a DLive não está fazendo o suficiente para combater o extremismo em sua plataforma.

“Como membros do Comitê de Seleção Permanente de Inteligência, nossa preocupação é que plataformas on-line, como DLive, estão sendo utilizadas para promover opiniões extremistas que incitam conflitos e violência off-line”, explicou a carta.

DLive disse que, desde então, removeu essas contas e restringiu o uso do BTT para conteúdo “não relacionado a jogos”.

Porém, legisladores dizem que o conteúdo de jogos também é uma ameaça, pois o Southern Poverty Law Center afirmou que também é bem influente em converter jovens a realizarem possíveis ações extremistas.

Como consequência, legisladores exigem informações da DLive e BitTorrent. Essas perguntas incluem informações sobre sua estratégia em combater o extremismo e mais detalhes sobre o uso de seu token.

O congresso questiona se existe algum mecanismo implementado para identificar doações estrangeiras em blockchain e se essas doações feitas estão relacionadas aos acontecimentos do dia 6 de janeiro.

A Chainalysis já identificou uma doação estrangeira em bitcoin aos comentadores de extrema direita presentes no Capitólio.

DLive apresentou novas regras para limitar o extremismo on-line em sua plataforma, mas o Congresso quer saber quão efetivas essas regras são, segundo a carta.

“Trabalhamos com outras plataformas, como o Facebook, Twitter e YouTube, para reformar suas práticas de governança sobre conteúdos extremistas e esse trabalho é contínuo”, afirmou a carta.

“Mas ficou evidente que DLive está bem atrasada em relação às outras na governança de plataforma e precisa tomar sérias ações reformadoras.”

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