Conflitos no Oriente Médio: Barril do petróleo pode chegar a mais de US$ 200, diz analista-chefe de banco sueco
A tensão no Oriente Médio vem passando por uma escalada nas últimas duas semanas com os bombardeios de Israel contra o Líbano, com a justificativa de ataques contra o Hezbollah. Como retaliação, o Irã deu início a ataques contra o estado israelense.
A preocupação com a região está pressionando os preços do petróleo. O tipo Brent, que é referência internacional, avança 3,86% por volta das 12h20, chegando a US$ 76,71 o barril. Já o WTI sobe 4,45%, aos US$ 73,94 o barril.
E as projeções são de que a commodity pode subir ainda mais caso a infraestrutura petrolífera iraniana seja atingida. Vale lembrar que o Irã é o oitavo maior produtor de petróleo no mundo, com uma produção de 3,9 milhões de barris por dia.
Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do banco sueco SEB, destaca que os futuros do petróleo bruto podem subir para US$ 200 o barril, ou mais, em um cenário de destruição da infraestrutura do Irã.
“Se você tirasse as instalações de petróleo no Irã e forçasse as exportações para baixo em 2 milhões de barris, então a próxima pergunta no mercado seria o que aconteceria no Estreito de Ormuz? Isso, é claro, acrescentaria um prêmio de risco significativo ao petróleo”, disse em entrevista para a CNBC.
Localizado entre o Irã e Omã, o Estreito de Ormuz é uma hidrovia estrategicamente importante para o escoamento do petróleo bruto no Oriente Médio para os principais mercados do mundo. O Irã poderia fechar essa passagem, atrapalhando a oferta do produto.
“Tudo depende de como o conflito se intensificará ainda mais e acho que não preciso nem dizer que Israel vai retaliar após o último ataque iraniano — e isso vai acontecer dentro de cerca de cinco dias, provavelmente, antes do aniversário de um ano em 7 de outubro [dia do ataque do Hamas ao festival de música em Israel]“, completou Schieldrop.
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