Conflito em Israel: ‘Nova ajuda de guerra pode impactar EUA na hora de fechar as contas’
A segunda-feira (9) marca o terceiro dia desde o início do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, que já provocou mais de 1.200 mortes na região e segue como o foco das preocupações geopolíticas.
O primeiro dia do conflito com as bolsas globais abertas está marcada por muita especulação, incerteza e preocupações quanto aos ativos que podem ser afetados pela guerra.
Para entender o que esperar para o setor do agro no Brasil, o Money Times conversou com o cientista político e professor do Insper, Leandro Consentino.
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Conta dos Estados Unidos pode não fechar
O cientista político ressalta que o conflito resultará em impactos para o agronegócio brasileiro, principalmente por conta dos impactos nos preços do petróleo, que afetarão a cadeia produtiva.
Por outro lado, na visão de Consentino, os impactos da guerra em Israel deve cair mais sobre os países centrais, principalmente os Estados Unidos.
“O país, que convive com problemas de déficit e já conta com uma ajuda de guerra para Ucrânia, terá muito que provavelmente socorrer Israel, o que gera problemas para a maior economia do mundo na hora de fechar as contas, o que pode impactar o cenário macroeconômico e respingar na economia brasileira”, pontua.
De acordo com o cientista político, esse cenário pode resultar em uma pressão inflacionária e em uma alta dos juros no cenário global.
“O Hamas certamente não agiu sozinho e há indícios de que o Irã ajudou o grupo. Isso pode causar uma instabilidade na região, o que vai elevar os preços do petróleo”, finaliza.