Confira os processos que Bolsonaro enfrenta com a volta ao Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro está de volta ao Brasil, depois de três meses nos Estados Unidos. Ainda que a recepção a Bolsonaro tenha sido de festa por seus apoiadores e aliados já no aeroporto internacional de Brasília, o ex-presidente está envolvido em uma série de processos e precisará lidar com isso agora em solo brasileiro.
Sem o foro privilegiado dos políticos que estão no poder, Bolsonaro agora responde a processos na Justiça comum. Com isso, familiares e aliados temem que ele seja convocado para depor na Polícia Federal ainda nas primeiras horas ou dias no Brasil.
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Veja quais processos Bolsonaro deve enfrentar
Joias
O ex-presidente recebeu três estojos de joias do governo da Arábia Saudita em 2019 e novas investigações estão sendo abertas. As peças custam, aproximadamente, R$ 18 milhões e foram mantidas em seu acervo pessoal, quando deveria estar em posse do Estado.
Pastores evangélicos
A Receita Federal está reavaliando a isenção tributária a pastores evangélicos publicada às vésperas da campanha eleitoral de 2022. A decisão não teria passado pela avaliação técnica do Fisco.
STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) também autorizou alguns inquéritos contra Bolsonaro. Entre eles, estão a divulgação de notícias falsas sobre a vacina contra covid-19; o vazamento de dados sigilosos de ataque ao TSE; interferência na Polícia Federal; ataques e notícias falsas contra ministros do STF; e utilização de recursos públicos nos atos antidemocráticos do feriado de 7 de Setembro de 2021.
Ele também é investigado por suposta declaração racista de Bolsonaro durante uma motociata; além de difamação e crime de injúria.
Bolsonaro poderá se eleger?
Em evento com brasileiros nos EUA, o ex-presidente afirmou ainda acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode torná-lo inelegível. No momento, Bolsonaro responde a 15 ações que podem cassar seus direitos políticos.
Entre as ações, o ex-chefe do Executivo é investigado por espalhar acusações sobre supostas fragilidades do sistema eleitoral a embaixadores de outros países. Bolsonaro, porém, não apresentou nenhuma prova sobre as afirmações.
Questionado por apoiadores, Bolsonaro expressou que uma eventual prisão aconteceria apenas em uma situação extraordinária. “Existe essa possibilidade de inelegibilidade, sim. A questão da prisão, só se for uma arbitrariedade”, afirmou.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, Bolsonaro disse não ter certeza se voltará a concorrer à presidência e que vai focar mais em um papel de liderança entre os conservadores no Brasil, uma vez que o “movimento de direita não está morto”.
Ele ainda esclareceu que a indefinição da data de retorno ao Brasil se deve à possibilidade de prisão. “Uma ordem de prisão poderia vir do nada”, disse o ex-chefe do Executivo ao mencionar o episódio da prisão de Michel Temer, em 2019.