Comprar ou vender?

Confira os motivos que fazem o BTG (BPAC11) ser ‘compra’, segundo analistas

13 maio 2024, 14:57 - atualizado em 13 maio 2024, 14:57
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Apesar de cenário momentaneamente mais desafiador para BTG Pactual, analistas permanecem confiantes (Imagem: Reprodução)

O BTG Pactual (BPAC11) reportou seus resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) nesta segunda-feira (13). Em resposta aos resultados, com alta de 28% no lucro líquido ajustado em comparação ao mesmo período do ano passado, as ações BPAC11 subiam 1,46% às 14h27 do mesmo dia, elevando também o humor dos analistas.

Para Larissa Quaresma, CFA da Empiricus Research, o setor de Investment Banking direcionou uma expansão de receita surpreendente, chegando a 23% na comparação anual, em detrimento do desempenho fraco de Sales & Trading, que recuou 3% ante o trimestre anterior.

  • BTG Pactual (BPAC11) reporta lucro recorde no 1T24: Vale a pena investir nas ações do banco? Confira a recomendação da analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma, clicando aqui:

Quaresma também destaca o segmento de varejo e alta renda, Wealth Management & Personal Banking, impulsionado pela forte captação de recursos, cujos R$ 16 bilhões dos R$ 44 bilhões vieram da aquisição da Órama.

“O BTG Pactual entrega mais um trimestre de forte crescimento e rentabilidade, no que pode ser apenas o começo de um ótimo ano para o banco, dada a normalização gradual do ritmo do mercado de capitais”, finaliza Larissa.

Sales & Trading foi ponto negativo para BTG Pactual

Quem dá coro à análise positiva é o analista do BB Investimentos, Rafael Reis, que considerou a atuação do setor de Investment Banking “atipicamente forte” para um primeiro trimestre.

Entretanto, Reis pontua que o destaque negativo também ficou para o segmento de Sales & Trading, sofrendo com menor transacionalidade e destoando entre outras linhas do BTG Pactual, já que foi a única a encolher no comparativo anual (-7,7%).

Para o BB Investimentos, no ano, a ação BPAC11 responde de maneira menos begnina especialmente por conta da abertura da curva de juros, por ser uma empresa associada a crescimento.

“Outros movimentos podem ter influenciado, como ruídos em torno do ambiente fiscal no Brasil, e eventos geopolíticos globais, que acabam trazendo maior aversão ao risco em geral, além de uma efetiva e permanente percepção de que a ação do BTG é cara, e negocia a múltiplos pouco atrativos”, complementa o analista.

Para ele, entretanto, o otimismo com relação ao nome permanece, mantendo a recomendação de “compra” das ações do BTG Pactual, imaginando que o desempenho realizado durante um ambiente pouco frutífero para algumas vertentes de negócios possa se fortalecer na hipótese de reaquecimento do mercado de capitais, “algo que consideramos inevitável mais cedo ou mais tarde dentro de um contexto de queda de juros no Brasil como o atual”.

“Vemos no BTG uma solidez de resultados, diversificação e consistência de entregas com poucos paralelos no mercado, o que nos mantém reticentes em abandonar a tese no curto prazo, mesmo diante de um cenário momentaneamente mais desafiador”, finaliza o relatório.

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