Opinião

Confira 4 dicas para montar sua carteira de investimentos

16 maio 2020, 12:13 - atualizado em 12 maio 2020, 15:42
Mercados
No mundo dos investimentos, existem alguns passos que você pode seguir para ter mais segurança (até em investimentos de renda variável) e maiores chances de rentabilidade (Imagem: Unsplash/@austindistel)

Montar uma carteira de investimentos não é uma tarefa simples para os investidores iniciantes e muitas vezes até para quem já investe há algum tempo. Mas existem algumas dicas que podem facilitar o processo e torná-lo muito mais proveitoso. São essas dicas que você verá no post de hoje! Bora aprender?

Tópicos que vou abordar:

O que é uma carteira de investimentos?
1. Descubra seu perfil de investidor
2. Defina objetivos
3. Tipos de investimentos
4. Diversificação

No mundo dos investimentos, existem alguns passos que você pode seguir para ter mais segurança (até em investimentos de renda variável) e maiores chances de rentabilidade. Um desses passos é ter uma carteira de investimentos, o que chamamos também de portfólio.

O que é uma carteira de investimentos?

A carteira de investimentos é formada pelo conjunto de aplicações que o investidor faz.

Imagine uma carteira normal, dessas que a gente compra para carregar no bolso ou na bolsa. Dentro dela você pode encontrar: moedas, cédulas, cartões de crédito, cartões de débito e documentos, certo?

Você percebe o tanto de opções que pode guardar dentro de uma carteira? E se você guardasse apenas um único cartão, seria um desperdício não utilizar todo o espaço, não é mesmo? É assim que funciona uma carteira de investimentos, fazer as melhores escolhas para cobrir o espaço da melhor forma possível.

Antes de montar sua carteira de investimentos, é necessário que você saiba seu perfil de investidor, se sua prioridade é rentabilidade ou segurança, quanto tem disponível para investir, quais são seus objetivos, entre outras questões.

Outro quesito importante é você estar seguro(a) dos tipos de investimentos que quer fazer. Por exemplo, alguns investidores querem investir em ações, mas não estudam sobre isso, entram na bolsa de valores, acabam perdendo dinheiro, se frustram, desistem e perdem a oportunidade de fazer um bom investimento.

Por isso, se o seu caso for o de quem quer aprender como investir em ações, o Yubb preparou uma boa oportunidade para você. Conseguimos que uma corretora pagasse o curso DescomplicAÇÃO para você! Ou seja, você pode estudar de graça.

Agora, bora para as 4 dicas!

1. Descubra seu perfil de investidor

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Existem 3 principais tipos de perfis de investidor, eles são: conservador, moderado e arrojado (ou agressivo) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Existem 3 principais tipos de perfis de investidor, eles são: conservador, moderado e arrojado (ou agressivo). Quando você abre conta em uma instituição financeira,  precisa responder um questionário para que a instituição saiba qual é o seu perfil de investidor e, assim, entenda quais são seus objetivos ao utilizar a plataforma.

Então, desde já, é importante que você saiba que descobrir em qual perfil se enquadra, é a melhor forma de começar a montar uma carteira de investimentos. Ao definir o perfil, você terá uma ideia de quais aplicações escolher e qual será o peso delas dentro do seu portfólio.

Conservador: esse perfil é voltado para investimentos mais seguros. Normalmente, são pessoas que começaram a investir há pouco tempo ou que não buscam acúmulo de riqueza, mas sim preservação do patrimônio. Esse investidor está mais preocupado com a segurança, do que com a rentabilidade do investimento.

Moderado: o investidor de perfil moderado é o meio-termo. Isso não significa necessariamente que ele terá 50% em renda fixa e 50% em renda variável, mas ele procura tanto rentabilidade, quanto segurança. Então, uma parte de sua carteira pode estar voltada para reserva de emergência e aposentadoria e a outra para rentabilidade.

Agressivo (arrojado): o principal objetivo desse perfil é o acúmulo de riqueza, ou seja, colocar a maior parte do patrimônio em investimentos mais arriscados, mas que podem render mais. Normalmente, investidores que adotam esse método estão há anos no mercado e sabem analisar com maior facilidade quais ativos têm maiores chances de crescimento. Mesmo assim, esse investidor também possui investimentos em renda fixa, para garantir que ao menos uma parte de seu patrimônio estará protegida.

2. Defina objetivos

Todo ser humano, ou a maioria, se sente mais motivado em cumprir determinada tarefa sabendo que receberá recompensas no final. No mundo dos investimentos, não é diferente.

Definir objetivos para os investimentos e cumpri-los são as motivações necessárias para ter foco e desenvolver hábitos de investidor. Então, antes de escolher quais investimentos farão parte do seu portfólio, primeiro pense nos propósitos.

Uma forma legal de fazer isso é escrever em um papel quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Seja viajar, comprar algo para dentro de casa, garantir a faculdade dos filhos ou a sua própria, ter uma reserva de emergência, entre outros.

Faça a listinha e defina em quanto tempo você quer atingir seu propósito. Sabendo disso, você poderá montar de uma forma mais dinâmica a sua carteira. Destinar os investimentos para cada objetivo e saber qual porcentagem em média da aplicação fará sentido para o que você tem em mente.

Então, esteja atento(a) a porcentagem que precisa ser destinada a renda fixa e a que precisa ser destinada a renda variável. Quais dos seus investimentos precisa ter liquidez diária para cumprir um objetivo e quais podem ter certo risco, pois o propósito é de longo prazo.

3. Tipos de investimentos

Existe uma variedade de investimentos disponíveis no mercado que podem fazer parte do seu portfólio, dependendo do seu propósito. Dividi entre os grupos de renda variável e renda fixa, mas temos textos mais detalhados sobre cada um, para saber mais é só clicar no nome e você será direcionado.

Renda Fixa: Tesouro DiretoCDB, RDBLCI, LCA, e Debênture.

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Investimentos em renda fixa são indicados principalmente para reserva de emergência ou para quem não tem muita familiaridade com o mercado financeiro (Imagem: Pixabay/nattanan23)

Esses investimentos são mais seguros porque, em sua maioria, possuem a garantia do Tesouro Nacional ou do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). No entanto, possuem menos rentabilidade.

São indicados principalmente para reserva de emergência ou para quem não tem muita familiaridade com o mercado financeiro, como as pessoas que acabaram de sair da poupança, por exemplo. São ótimos investimentos para quem busca uma rentabilidade maior que a poupança, mas não está disposto a correr riscos.

Renda Variável: AçõesFundos ImobiliáriosETFsCriptomoedasFundos de investimento, e Robôs.

Os investimentos em renda variável são mais arriscados, porém possuem maiores chances de rentabilidade. Existem subgrupos dentro de cada investimentos. Nas ações, por exemplo, existem as small caps e blue chips. Nos ETFs, existem os que replicam o índice brasileiro e aqueles que replicam índices internacionais.

Cabe ao investidor escolher quais são as melhores opções.

4. Diversificação

A diversificação é crucial em qualquer carteira, por ‘n’ razões. Primeiro, porque ela diminui o risco de volatilidade e dá maior segurança ao investidor. Segundo, porque cada investimento possui uma característica diferente e não é aconselhável colocar o peso de todas as suas metas em um único investimento Afinal, eles possuem vencimentos e rentabilidades diversas.

Um ditado muito usado pelos investidores é “Não coloque todos os ovos na mesma cesta”, até porque se uma hora acontecer algo com essa cesta, quais garantias você terá?

A diversificação trata-se, resumidamente, em distribuir o seu dinheiro entre os diferentes tipos de oportunidades do mercado financeiro.

Algumas dicas que você pode adaptar para diferentes portfólios:

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Se você optar por construir o portfólio sozinho(a) e quer destinar uma parte para ações, tenha em mente o velho ditado “menos é mais” (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

– No caso de ações, diversificar a carteira com empresas que tenham fundamentos sólidos, de tamanhos e segmentos diferentes;

– Procurar por investimentos que replicam índices, sejam brasileiros ou americanos. ETFs investem nas ações que fazem parte da carteira teórica do índice, isso que significa que o investidor estará aplicando em todos ativos de uma vez só;

– Ter uma porcentagem destinada a reserva de emergência, e os investimentos com esse propósito possuírem liquidez diária. Lembre-se de verificar se o título não está perdendo para a inflação;

– Se você optar por construir o portfólio sozinho(a) e quer destinar uma parte para ações, tenha em mente o velho ditado “menos é mais”. Não adianta escolher 20 ativos, distribuir um valor x entre eles, se você não terá tempo de ler os relatórios trimestrais das empresas e analisar os fundamentos.

– Coloque na sua carteira apenas o investimentos que você entende as caracterísitcas e que terá como analisar de tempos em tempos. Diversificar é importante e escolher diferentes aplicações é essencial, mas não queira abraçar o mundo, porque não vai sobrar braço.

Alguns exemplos de ativos que podem estar presentes em cada carteira – mas atenção, isso não é uma recomendação de investimento, apenas uma forma de você visualizar melhor as opções =) 

Conservador: a maior parte da carteira de um conservador está em renda fixa. Tanto prefixados, que têm como foco o médio e longo prazo, quanto pós-fixados, que podem ser destinados à objetivos de curto prazo, como a reserva de emergência. Algumas opções: CDB com liquidez diária, Tesouro Direto, fundos de renda fixa, LCI e LCA.

Moderado: normalmente, este investidor opta por ter uma porcentagem em títulos de renda fixa, sejam prefixados ou pós. E outra parte em renda variável, podem ser ações, ETFs e Fundos Imobiliários. Lembrando que só devem ser colocados na carteira investimentos que o investidor seja capaz de avaliar.

Agressivo (arrojado): como esse investidor se preocupa muito mais com rentabilidade do que com segurança, a maior parte da sua carteira estará em ativos de risco. Exemplos: ações, fundos multimercado, criptomoedas, mercado de câmbio, operações de day trade, entre outros. E o restante em títulos de renda fixa, como títulos públicos do Tesouro Direto, LCI e LCA.

Essas são algumas das dicas que você pode seguir para ter uma carteira de investimentos diversificada e com menores chances de risco.

Claro que não existe uma fórmula mágica para não perder dinheiro no mercado financeiro, mas existem posicionamentos que você pode ter para diminuir as chances de perder e aumentar as chances de ter rentabilidade.

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