Confiança na indústria cai 0,8 ponto em setembro, para 99,5 pontos, mostra FGV
O Índice de Confiança na Indústria (ICI) recuou 0,8 ponto no mês de setembro frente o mês anterior, para 99,5 pontos.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) nesta quarta-feira (27).
Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador da indústria recua 0,6 ponto.
O mês foi marcado pela perda da confiança na indústria, influenciada por uma percepção dos empresários de queda na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, exceto nos produtos de consumo de bens não duráveis, avalia Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Para os próximos meses, Pacini espera um pessimismo quanto ao aumento da produção, “possivelmente relacionados com a continuidade da desaceleração da atividade econômica e dificuldades ainda no abastecimento de alguns insumos”.
O cenário deve melhorar no horizonte de seis meses, mas é preciso ter cautela, segundo o economista, “a política monetária mais restritiva deve conter os investimentos nos próximos meses”.
Queda em 11 segmentos
Em setembro, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos da indústria monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) recuou 1,9 ponto, para 100,9 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE) se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto, para 98,0 pontos.
Dentre os quesitos que integram o ISA, a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios foi o que mais influenciou negativamente o resultado no mês: o indicador caiu 4,1 pontos para 97,6 pontos, menor nível desde março (91,9 pontos).
Entre as expectativas, a produção da indústria nos próximos três meses mantém trajetória negativa pelo terceiro mês consecutivo com queda de 1,0 ponto em setembro para 91,1 pontos, menor patamar desde março (90,3 pontos).
Contudo, para os próximos seis meses, o indicador que mede a tendência dos negócios recupera pelo segundo mês, 1,7 ponto em setembro, para 98,5 pontos, se aproximando dos patamares observados no último trimestre de 2021.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria cai 1,4 ponto retornando ao patamar observado em maio de 2022, de 80,8%.
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