Economia

Confiança do consumidor no Brasil cai em outubro pela primeira vez em 6 meses, diz FGV

23 out 2020, 8:45 - atualizado em 23 out 2020, 8:45
Comércio Consumo Informalidade
O Índice de Confiança do Consumidor caiu 1,0 ponto em outubro, a 82,4 pontos, interrompendo uma tendência de recuperação iniciada em maio (Imagem; Agência Brasil/Marcelo Camargo)

A confiança do consumidor no Brasil registrou em outubro sua primeira queda desde abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, com as incertezas em relação à pandemia e a aproximação do fim dos programas de auxílio do governo afetando principalmente os consumidores de baixa renda.

O Índice de Confiança do Consumidor caiu 1,0 ponto em outubro, a 82,4 pontos, interrompendo uma tendência de recuperação iniciada em maio.

Segundo a FGV, houve uma queda significativa nas perspectivas dos consumidores para os próximos meses, com o Índice de Expectativas (IE) recuando 1,3 ponto, a 90,2 pontos.

Além disso, o indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica foi o que mais contribuiu para a queda do índice geral em outubro, com recuo de 2,0 pontos, a 110,6 pontos.

O Índice de Situação Atual (ISA) teve perda de 0,2 ponto, a 72,4 pontos.

“Há ainda bastante incerteza com relação à pandemia e com o ritmo de retomada econômica, já considerando a transição para o período posterior ao de vigência dos programas de manutenção do emprego e renda”, escreveu Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

Consumo
Segundo a FGV, houve uma queda significativa nas perspectivas dos consumidores para os próximos meses, com o Índice de Expectativas (IE) recuando 1,3 ponto, a 90,2 pontos (Imagem: Pixabay)

“Diante deste cenário, os consumidores de menor renda, mais vulneráveis, continuam menos confiantes que os demais”, completou, embora tenha citado retrocesso na confiança em todas as faixas de renda.

O programa de auxílio do governo, com pagamentos mensais a famílias de baixa renda, estão previsto para terminar em dezembro.

O governo do presidente Jair Bolsonaro ainda não conseguiu avançar com sua proposta de um novo programa de assistência social, batizado de Renda Cidadã, uma vez que o Orçamento apertado para 2021 dificulta o financiamento do pacote sem desrespeito ao teto de gastos.

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