Consumo

Confiança do consumidor no Brasil cai em março a menor nível em 3 anos, diz FGV

24 mar 2020, 8:59 - atualizado em 24 mar 2020, 8:59
De acordo com a FGV, o aumento da incerteza gerado pela queda dos preços do petróleo e pelo avanço do coronavírus no Brasil contribuíram para o aumento do pessimismo (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O índice de confiança do consumidor do Brasil caiu ao menor nível em mais de três anos em março, já como consequência dos impactos provocados pelo coronavírus e apontando um cenário preocupante para os próximos meses.

Os dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas mostrou queda de 7,6 pontos no Índice de Confiança do Consumidor em março, para 80,2 pontos, patamar mais baixo desde janeiro de 2017.

“A queda na confiança dos consumidores que já vinha ocorrendo nos dois meses anteriores aprofundou-se em março, sob influência da pandemia de coronavírus. Rio de Janeiro foi a capital que registrou a maior queda na confiança, enquanto os paulistas já perceberam a piora da situação atual, possivelmente em função do maior número de casos e por seu imenso parque fabril”, explicou a coordenadora da FGV Viviane Seda Bittencourt, fazendo um alerta.

“O cenário para os próximos meses é preocupante, com forte impacto econômico e social. Embora seja difícil imaginar alguma recuperação da confiança no horizonte visível, esperamos que o sucesso das medidas de isolamento para reduzir a disseminação do vírus possam ao menos conter parte do desânimo que virá com a queda do PIB e o aumento do desemprego”, disse.

Em março, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 4,8 pontos, para 76,1 pontos, o menor nível desde julho de 2019. O Índice de Expectativas (IE) caiu 9,3 pontos para 83,9 pontos, mais baixo desde dezembro de 2016.

De acordo com a FGV, o aumento da incerteza gerado pela queda dos preços do petróleo e pelo avanço do coronavírus no Brasil contribuíram para o aumento do pessimismo em relação ao futuro da economia.

Nesse cenário de economia mais difícil nos próximos meses, consumidores também preveem redução da oferta de empregos e uma piora da situação financeira das famílias.

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