Economia

Confiança de serviços no Brasil cai em novembro a menor nível em 8 meses, mostra FGV

29 nov 2022, 8:59 - atualizado em 29 nov 2022, 8:59
Indústria Serviços
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 5,4 pontos e foi a 93,7 pontos, menor nível desde março (92,2 pontos) (Imagem: Pixabay/526663)

A confiança do setor de serviços do Brasil registrou queda em novembro e foi ao menor nível em oito meses, diante de elevado grau de incerteza, mostraram os dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 5,4 pontos e foi a 93,7 pontos, menor nível desde março (92,2 pontos). Em dois meses de queda, o índice acumula perda de 8,0 pontos.

“A desaceleração da atividade econômica no final do ano era esperada, mas não era clara no setor nos últimos meses, principalmente pela resiliência dos serviços prestados às famílias, que agora pioraram fortemente”, disse o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota.

Ele destacou ainda que, apesar do fim do período eleitoral, fatores políticos passaram a ser muito citados como limitadores dos negócios nos próximos meses.

“(Isso) eleva a incerteza do cenário no curto prazo e um ambiente macroeconômico delicado em 2023”, completou.

A FGV informou que a queda do índice em novembro foi influenciada pela piora das avaliações das empresas sobre a situação corrente, mas principalmente das expectativas nos próximos meses.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, caiu 3,1 pontos, para 96,9 pontos, menor nível desde abril deste ano (96,0 pontos), influenciado majoritariamente pela deterioração do indicador de volume de demanda atual e pelo índice que mede a situação atual dos negócios.

Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, caiu 7,5 pontos, para 90,7 pontos, menor nível desde abril de 2021 (88,7 pontos).

Contribuíram para esse resultado o indicador que mede a demanda prevista nos próximos três meses e o de tendências dos negócios nos próximos seis meses.

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