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Concessão da Cedae fica para 2021 e com previsão de investimento menor

22 set 2020, 19:33 - atualizado em 22 set 2020, 19:33
O governo fluminense estima que o leilão aconteça entre janeiro e fevereiro de 2021 (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O leilão de concessão da Cedae ficará para o início de 2021 e, com a adesão de 47 dos 64 municípios da área de cobertura da companhia fluminense de saneamento, os investimentos previstos na concessão serão de cerca de 4 bilhões mais baixos.

Segundo o governo fluminense, o edital de concessão de 2 das 4 áreas da empresa deve ser publicado em outubro, para dar aos grupos interessados tempo para analisar o ativo.

O BNDES estima prazo de três meses para análise pelos interessados.

“É maior concessão de saneamento do país. Deixar só 30 a 60 dias na rua (o edital) é muito pouco. É prudente dar mais prazo”, disse à Reuters o chefe de Desestatização e Estruturação de Projetos do BNDES, Guilherme Albuquerque.

A previsão inicial era que o certame acontecesse em dezembro. Agora, o governo fluminense estima que o leilão aconteça entre janeiro e fevereiro de 2021.

Nem todas as cidades da área de cobertura da Cedae atenderam ao chamamento para aderir ao modelo de concessão, como Angra dos Reis, Rio das Ostras e Teresópolis.

Ainda sim, sem a adesão de 17 das 64 cidades onde há serviços da Cedae, o governo estima que a concessão alcançará cerca de 13 milhões de pessoas, ou 90% por cento da população que vive na área de concessão da empresa.

Com a redução na abrangência da concessão, os investimentos previstos durante 35 anos devem recuar em cerca de 4 bilhões de reais, para 29,4 bilhões de reais.

Apesar da redução, o BNDES não acredita em menor apetite de investidores no leilão.

“Já falamos com mais de 50 investidores que buscaram informações sobre saneamento no Brasil, e a Cedae é o carro-chefe”, avaliou Albuquerque. “Achamos que vai ter uma competição grande com possibilidade de empresas que já atuam no Brasil, investidores financeiros e empresas de utilities”.

O governo do Rio de Janeiro estimava antes da pandemia um potencial de arrecadação com o leilão da Cedae de ao menos 11 bilhões de reais.

Na semana que vem haverá um teste do apetite de investidores pelo saneamento no Brasil com a concessão de saneamento básico em Maceió (AL).

“Acho que é um termômetro em termo de apetite e achamos que haverá competição e propostas elevadas”, finalizou Albuquerque.

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