Conab reduz projeção para safra de soja 2020/21 do Brasil por efeitos do clima
O Brasil, maior produtor e exportador global de soja, deve colher um recorde de 133,69 milhões de toneladas da oleaginosa na safra 2020/21, projetou nesta quarta-feira a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), ao reduzir sua expectativa ante a projeção de 134,45 milhões de toneladas divulgada em dezembro.
Segundo a estatal, a colheita já teve início em Mato Grosso, principal Estado produtor de soja, onde a produção poderá chegar a 35,43 milhões de toneladas, “uma ligeira queda ante o estimado na safra anterior, mesmo com a expectativa de aumento na área plantada”.
“O resultado (em Mato Grosso) é reflexo da estimativa de menor produtividade, uma vez que as condições climáticas de 2019 não se repetiram até então”, afirmou a Conab.
A companhia fez um leve ajuste na estimativa de produção de milho, de 102,6 milhões de toneladas observadas em dezembro para 102,3 milhões.
“As condições climáticas desfavoráveis no momento do cultivo da primeira safra influenciaram a produtividade, principalmente no Sul do país. No Rio Grande do Sul, a diminuição neste índice foi estimada em 11%. Com isso, a produção tende a ser 9,3% menor”, destacou.
Em Santa Catarina, os percentuais de queda na produtividade e na colheita da primeira safra são ainda maiores, chegando a 14% e 12,7% respectivamente. Em ambos os Estados, a área destinada ao plantio do grão deve crescer, o que reduz um pouco a queda no volume de produção.
A produção de algodão em pluma deve atingir 2,65 milhões de toneladas na temporada, levemente abaixo dos 2,67 milhões previstos anteriormente.
Para o trigo, no entanto, a Conab vê uma safra 2021 de 6,23 milhões de toneladas, uma elevação ante as 6,18 milhões de toneladas da estimativa anterior.