Comprometido em produção e em consumo, feijão está prometendo inflação na gôndola
A segunda e principal safra de feijão está se consolidando com perdas significativas, apesar de estar em início de colheita.
Em paralelo, o consumo está aquecido, com a ajuda da segunda parcela do auxílio emergencial.
Isso já deixa os preços da saca batendo em até R$ 310 para o produtor, em algumas regiões, mas eles não vendem. Esperam mais altas.
E mesmo com o andar da safra, que deve acelerar nos próximos dias, não será suficiente para fazer frente à produção menor e apetite maior.
Vem inflação do feijão mais à frente no varejo.
A expectativa geral é de 1,2 milhão de toneladas ao fim da colheita, em julho, quebra que pode chegar a 300 mil/t.
As principais regiões produtoras nesta época são Minas Gerais, Goiás, São Paulo e oeste da Bahia, além do Paraná.
Só neste último estado, o Deral, órgão de economia agrícola do governo, estima perda de 25% do volume projetado, com o agravante de uma taxa elevada de feijão de baixa qualidade