Mercados

Compre commodities, se preocupe com recessão depois, diz Goldman

29 ago 2022, 9:49 - atualizado em 29 ago 2022, 9:49
Goldman Sachs
O Goldman alertou que o caminho à frente pode não ser suave, especialmente se o dólar ampliar os ganhos (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

O Goldman Sachs recomenda que os investidores invistam pesado em commodities já que a maioria dos riscos de recessão que preocupam os mercados globais são exagerados no curto prazo, e as matérias-primas devem se recuperar em meio a uma profunda crise de energia e fundamentos físicos apertados.

“Nossos economistas veem o risco de uma recessão fora da Europa nos próximos 12 meses como relativamente baixo”, analistas incluindo Sabine Schels, Jeffrey Currie e Damien Courvalin escreveram em nota.

“Em uma era de escassez severa de energia, acreditamos que a retração em todo o complexo petrolífero fornece um ponto de entrada atraente para investimentos de longo prazo”.

As commodities atingiram um recorde em junho após a invasão da Ucrânia pela Rússia atrapalhar a produção e as cadeias de suprimentos, depois caíram à medida que as preocupações com recessão aumentaram e os bancos centrais apertaram a política monetária para conter a inflação.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que mais altas de juros virão este semestre, e as ações globais caíram para uma mínima de um mês na segunda-feira.

“De uma perspectiva de ativos cruzados, as ações podem sofrer à medida que a inflação permanece elevada e é mais provável que o Fed surpreenda no lado hawkish”, disse o Goldman, em nota intitulada ‘Compre commodities agora, preocupe-se com a recessão depois’.

Outros grandes bancos de Wall Street têm sido mais cautelosos com as commodities nos últimos meses.

Entre eles, o Citigroup alertou em julho que o petróleo pode cair para US$ 65 o barril até o final deste ano se ocorrer uma recessão que afete a demanda.

O Brent era negociado acima de US$ 101.

O Goldman alertou que o caminho à frente pode não ser suave, especialmente se o dólar ampliar os ganhos, uma tendência que torna as commodities mais caras em relação a outras moedas.

“Reconhecemos que o cenário macro continua desafiador e o dólar pode subir ainda mais no curto prazo”, disse.

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