Compre Cemig e Light para ganhar com a venda de participação, avalia Bradesco
A corretora do Bradesco elevou a recomendação para as ações da Cemig e da Light de neutra para compra após a primeira anunciar a intenção de vender a totalidade da sua participação no capital social da segunda, mostra um relatório enviado a clientes e assinado por Francisco Navarrete e Ricardo França.
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“Em nossa visão, esse é um grande movimento para o Estado de Minas Gerais, pois aliviará a elevada alavancagem da Cemig e assim reduzirá o custo de refinanciamento da empresa”, avaliam os analistas. A estimativa é de que o negócio possa sair com um valor entre R$ 1,3 bilhão e R$ 2,3 bilhões.
“Notamos que, embora o plano de desinvestimento da Cemig também inclua muitos outros ativos não essenciais, os consideramos menos líquidos (como Santo Antônio, Belo Monte, Gasmig, etc) e, portanto, não os incluímos como fontes potenciais de curto prazo para a redução da dívida”, destaca a corretora.
O preço-alvo calculado para a Cemig é de R$ 11 para final de 2018 (R$ 10,50 para 2017). No pior cenário, sem as vendas, o valor cairia para R$ 6. Já no otimista, a projeção saltaria a R$ 15 quando considerados uma redução de 50% nas despesas e a venda de ativos mais difíceis, como Santo Antônio, Belo Monte e outros.
Light
Para a Light, o Bradesco tem o preço-alvo estabelecido em R$ 29 para dezembro de 2018. Os analistas entendem que a empresa não é mais um ativo “problemático” após conseguir elevar o nível aceitável de perdas regulatórias e ajustar a base de ativos para refletir os investimentos realizados. Desta forma, a companhia teria se tornado um alvo interessante para empresas como a Ampla, Enel, Equatorial, Energisa, State Grid e EDP.
O valor analisado para a Light, em um cenário pessimista, poderia cair a R$ 17 considerando a venda do negócio de geração (enquanto a empresa segue com o ativo de distribuição). Já no otimista, o preço-alvo subiria a R$ 35, assumindo que a venda aconteça a um múltiplo mais elevado.