Coluna do Daniel Abrahão

‘Comprar na baixa e vender na alta’ pode ser uma cilada; entenda

02 jun 2024, 12:00 - atualizado em 02 jun 2024, 12:00
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Analisando dados históricos da Bolsa Brasileira, desde a reforma do Plano Real em 1994, o Ibovespa apresentou uma tendência de alta significativa (Imagem: Getty Images/Canva)

Em um mundo financeiro marcado por incertezas e volatilidade, a estratégia de “comprar na baixa e vender na alta” revela-se frequentemente desafiadora e, por vezes, ineficaz.

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Neste contexto, investidores de renome como Warren Buffett, Ray Dalio e Peter Lynch promovem uma visão de longo prazo, fundamental também para o entendimento e sucesso no mercado brasileiro.

Warren Buffett, um dos maiores investidores do mundo, defende que “O tempo no mercado é mais importante do que o timing do mercado”. Essa filosofia é especialmente pertinente ao mercado brasileiro, notório por sua volatilidade.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) sugere que investidores que mantiveram suas posições no Ibovespa durante 10 anos tiveram um retorno médio anual de 8,3%, enquanto tentativas de timing frequentemente resultaram em performances inferiores.

Ray Dalio, cuja gestão na Bridgewater Associates é caracterizada por diversificação e equilíbrio, aponta para a dificuldade de prever oscilações de mercado, uma realidade presente na Bolsa Brasileira (B3).

Em suas palavras, “o timing de mercado é impossível”. Esta afirmação é reforçada pelos movimentos intensos observados na B3, como durante a crise política de 2016, quando o Ibovespa caiu significativamente, apenas para se recuperar e atingir novos máximos subsequente à resolução da crise.

Peter Lynch, conhecido por sua habilidade de escolher ações “tenbaggers” — ações que crescem dez vezes em valor —, reitera a importância de um investimento baseado na compreensão profunda das empresas e suas perspectivas de longo prazo. No Brasil, algumas empresas se destacaram por oferecer retornos substanciais aos investidores pacientes que resistiram às turbulências de curto prazo.

Além disso, analisando dados históricos da Bolsa Brasileira, desde a reforma do Plano Real em 1994, o Ibovespa apresentou uma tendência de alta significativa, apesar das diversas crises econômicas e políticas.

Isso evidencia a resiliência e o potencial de crescimento de longo prazo do mercado de ações brasileiro.
Em conclusão, as palavras de Benjamin Graham ainda ressoam com força: “O investimento de sucesso é mais do que nunca uma questão de paciência”.

A perspicácia em manter-se firmemente investido, apesar das turbulências de curto prazo, é o que define os investidores de sucesso. Esta abordagem não apenas minimiza os riscos associados ao timing de mercado, mas também capitaliza o crescimento exponencial que só o tempo pode proporcionar nos investimentos.

Assessor de investimentos e sócio sênior da IHUB Investimentos. Possui mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro; atuou nos maiores bancos privados do país. Atualmente, é assessor e sócio sênior na IHUB Investimentos, sendo responsável por uma carteira superior a R$ 140 milhões. Sempre traduzindo conhecimento técnico e "difícil" do mercado para facilitar a vida do investidor.
daniel.abrahao@moneytimes.com.br
Assessor de investimentos e sócio sênior da IHUB Investimentos. Possui mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro; atuou nos maiores bancos privados do país. Atualmente, é assessor e sócio sênior na IHUB Investimentos, sendo responsável por uma carteira superior a R$ 140 milhões. Sempre traduzindo conhecimento técnico e "difícil" do mercado para facilitar a vida do investidor.
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