Petrobras (PETR4): BofA eleva ação para ‘compra’ e vê proteção contra problemas fiscais; entenda
Mesmo com incertezas sobre as cotações do petróleo no mercado internacional em meio à crescente tensão nos conflitos do Oriente Médio, para o Bank of America (BofA) chegou a hora de comprar as ações da Petrobras (PETR4).
Esse é o motivo para a alta de mais de 1% das ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) na B3 – impulsionando o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, aos 124 mil pontos.
O BofA elevou a recomendação de neutro para compra para as ações da petroleira. A revisão positiva foi acompanhada do aumento do preço-alvo de R$ 42 para R$ 47 – ante os atuais R$ 37,45.
Os recibos de ações (American Depositary Receipts, ADRs) da petroleira negociados na bolsa de Nova York (Nyse), sob o ticker PBR, também passaram a ter recomendação de compra, com elevação preço-alvo de US$ 16,80 para US$ 17,90, o que representa uma potencial valorização de 26% em relação ao fechamento anterior.
Para o banco, a resolução de disputas fiscais envolvendo o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na semana passada é o principal motivo para a melhora da recomendação para a estatal.
A continuidade da política de preços de combustíveis da empresa e as recentes declarações do governo e da empresa em apoio à exploração da perspectiva da Margem Equatorial também entraram na conta do BofA.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações para você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Petrobras é ‘proteção’
Os papéis da estatal são considerados uma “proteção” para os problemas fiscais do Brasil. O banco norte-americano espera que a Petrobras continue apresentando retornos de caixa atraentes este ano
“Na nossa opinião, mesmo em cenários que consideram movimentos de fusões e aquisições (provavelmente na refinaria RLAM), os retornos da Petrobras ainda seriam atrativos”, escrevem os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes, que assinam o relatório.
No cenário-base do BofA, com o barril do petróleo a US$ 86 em 2024, o Fluxo de Caixa Livre para o Acionista (FCFE) deverá atingir US$ 20,9 bilhões neste ano, o que representa um rendimento de 23%.
Para 2025, a US$ 80 o barril do petróleo, o FCFE esperado é de US$ 13,3 bilhões – e rendimento de 15%.
- LEIA MAIS: Ação gringa beneficiada pela alta nos preços do petróleo é recomendada pelo analista Enzo Pacheco, da Empiricus Research; confira esse e outros 9 papéis do portfólio de BDRs
De olho nos dividendos
O banco vê “uma alta probabilidade” de que os R$ 22 bilhões restantes na reserva de remuneração de capital sejam pagos como dividendos ainda este ano.
Isto acrescentaria cerca de 4,5% de rendimento ao nosso cenário-base – sendo o rendimento total para 2024 de 21%.
Além disso, os analistas do banco afirmaram que a nomeação de Magda Chambriard como CEO da estatal trouxe especulações sobre um possível aumento no capex, mas que isso é “pouco provável”.
“Atualmente, existem muitos departamentos (estratégia, análise de risco e outros) que avaliam se novos projetos superam os obstáculos de rentabilidade antes de obterem Decisões Finais de Investimento (FIDs). Notadamente, a estrutura robusta para investimentos e aquisições também envolve e requer aprovação do Comitê Técnico Estatutário de Investimentos e Desinvestimentos (CTE-ID)” – o que torna aumentos significativos no capex improvável no curto prazo, segundo o relatório.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera relatórios de investimentos gratuitos com recomendações de ações, FIIs e BDRs