Petrobras

Petrobras (PETR4): BofA eleva ação para ‘compra’ e vê proteção contra problemas fiscais; entenda

27 jun 2024, 12:13 - atualizado em 27 jun 2024, 17:48
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Revisão positiva foi acompanhada do aumento do preço-alvo de R$ 42 para R$ 47. (Imagem: Agência Petrobras)

Mesmo com incertezas sobre as cotações do petróleo no mercado internacional em meio à crescente tensão nos conflitos do Oriente Médio, para o Bank of America (BofA) chegou a hora de comprar as ações da Petrobras (PETR4)

Esse é o motivo para a alta de mais de 1% das ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) na B3 – impulsionando o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, aos 124 mil pontos. 



O BofA elevou a recomendação de neutro para compra para as ações da petroleira. A revisão positiva foi acompanhada do aumento do preço-alvo de R$ 42 para R$ 47 – ante os atuais R$ 37,45.

Os recibos de ações (American Depositary Receipts, ADRs) da petroleira negociados na bolsa de Nova York (Nyse), sob o ticker PBR, também passaram a ter recomendação de compra, com elevação preço-alvo de US$ 16,80 para US$ 17,90, o que representa uma potencial valorização de 26% em relação ao fechamento anterior. 

Para o banco, a resolução de disputas fiscais envolvendo o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na semana passada é o principal motivo para a melhora da recomendação para a estatal. 

A continuidade da política de preços de combustíveis da empresa e as recentes declarações do governo e da empresa em apoio à exploração da perspectiva da Margem Equatorial também entraram na conta do BofA. 

Petrobras é ‘proteção’ 

Os papéis da estatal são considerados uma “proteção” para os problemas fiscais do Brasil. O banco norte-americano espera que a Petrobras continue apresentando retornos de caixa atraentes este ano

“Na nossa opinião, mesmo em cenários que consideram movimentos de fusões e aquisições (provavelmente na refinaria RLAM), os retornos da Petrobras ainda seriam atrativos”, escrevem os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes, que assinam o relatório. 

No cenário-base do BofA, com o barril do petróleo a US$ 86 em 2024, o Fluxo de Caixa Livre para o Acionista (FCFE) deverá atingir US$ 20,9 bilhões neste ano, o que representa um rendimento de 23%. 

Para 2025, a US$ 80 o barril do petróleo, o FCFE esperado é de US$ 13,3 bilhões – e  rendimento de 15%. 

De olho nos dividendos

O banco vê “uma alta probabilidade” de que os R$ 22 bilhões restantes na reserva de remuneração de capital sejam pagos como dividendos ainda este ano. 

Isto acrescentaria cerca de 4,5% de rendimento ao nosso cenário-base –  sendo o rendimento total para 2024 de 21%.

Além disso, os analistas do banco afirmaram que a nomeação de Magda Chambriard como CEO da estatal trouxe especulações sobre um possível aumento no capex, mas que isso é “pouco provável”. 

“Atualmente, existem muitos departamentos (estratégia, análise de risco e outros) que avaliam se novos projetos superam os obstáculos de rentabilidade antes de obterem Decisões Finais de Investimento (FIDs). Notadamente, a estrutura robusta para investimentos e aquisições também envolve e requer aprovação do Comitê Técnico Estatutário de Investimentos e Desinvestimentos (CTE-ID)” – o que torna aumentos significativos no capex improvável no curto prazo, segundo o relatório.

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