Comprar ações em correções do mercado funciona 82% das vezes
Os mercados globais estão em pânico sobre as incertezas trazidas pelo impacto do novo coronavírus sobre as empresas e economias. Esta forte correção dos mercados, contudo, também pode ser um enorme sinal de “compra”, indica o Credit Suisse em um relatório obtido pelo Money Times.
Desde 1990, em média, a compra de ações quando o mercado apresenta queda de 10% (a partir do pico) funcionou 82%. Os papéis tendem a subir, nos três meses seguintes, aproximadamente 5,6%.
Desempenho do S&P 500 após uma queda de 10%
Os números têm como base o índice S&P 500, o mais acompanhado em Wall Street e que também serve como uma referência global.
Desde a máxima de 119.527 pontos do Ibovespa (IBOV) em 23 de janeiro, o índice já acumula uma desvalorização de 11,7%.
Incertezas
O Federal Reserve, na terça-feira (3), realizou um corte emergencial de 0,5 ponto percentual no juro, levando-o a um patamar entre 1% e 1,25%.
Foi a primeira redução entre reuniões desde 2008.
Além disso, o Goldman Sachs cortou as projeções para a demanda global por petróleo. O banco prevê uma queda de 150 mil barris por dia.
Desde 1984, a demanda por petróleo tem crescido todos os anos, exceto em três ocasiões: em 2008 e 2009, durante a crise financeira global, e em 1993, quando os EUA se recuperavam de uma recessão.